Cidade Limpa?

Devido à lei Cidade Limpa, que proibiu os outdoors na cidade, cresce a procura por publicidade em ambientes fechados, como banheiros e elevadores.

Com isso, esse locais convivem com o risco da poluição visual, que foi a justificativa para a lei que restringiu a mídia externa. “Com a Cidade Limpa, houve uma procura maior na publicidade em shoppings, mas menor que a esperada”, conta Cristiano Tassinari, presidente do conselho da Associação Brasileira de Mídia Indoor. Fundada neste ano, a associação pretende debater os rumos desse ramo da publicidade. Ele estima que a mídia indoor assuma até 30% do mercado de outdoors que existia na cidade.

“Se não houver bom senso, haverá nos recintos fechados a mesma poluição que tínhamos na cidade”, diz Ângelo Franzão, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo. “No shopping, isso [a publicidade] é muito controlado”, afirma Luciana Lana, da Associação Brasileira de Shoppings.

Nuno Bamberg, da agência New Ad Brasil, que comercializa espaços em locais fechados, diz que os anúncios são dispostos de modo a não poluir o ambiente.

Ao contrário da publicidade exterior, a mídia indoor atinge um público restrito e é segmentada. Em busca de consumidores, cresce o número de monitores de publicidade, que já estão até em elevadores. “A Cidade Limpa acelerou a expansão desse mercado”, diz Flávio Polay, da Elemídia, que já tem mil monitores na cidade. O Metrô, que já tinha publicidade indoor, agora possui a TV Minuto, veiculada em monitores nos trens.

Fonte: Jornal Destak