27.10.09

Dia Internacional da Animação: exibições em 400 cidades brasileiras

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Em sua sexta edição no Brasil, o Dia Internacional da Animação terá recorde de participantes: 400 cidades em todos os estados brasileiros exibirão curtas nacionais e internacionais no maior evento simultâneo do gênero no mundo. A mostra oficial acontecerá em todas as localidades participantes, nessa quarta-feira (28/10), às 19h30. Ao longo da semana de programação, serão realizadas oficinas, debates e mostras infantis. Promovido pela Associação Internacional do Filme de Animação (Asifa) em 30 países, o evento, no País, tem patrocínio da Petrobras, do Fundo Nacional de Cultura e da Secretaria Audiovisual do Ministério da Cultura.

A mostra recebeu, este ano, 126 inscrições de curtas-metragens em animação de vários estados do País. Destes, foram selecionados nove para o programa oficial brasileiro, que será exibido em todas as cidades participantes e nos países membros da Asifa, como Estados Unidos, França, Austrália, África do Sul e China.

Na mostra oficial, serão apresentados curtas estrangeiros, a partir das 19h30, como Animal instinct (Austrália) e Eye to eye (Estados Unidos). Logo após serão exibidos os curtas nacionais, como Dossiê Rê Bordosa (patrocinado pela Petrobras), de César Cabral, e Queda livre, de Marcelo Vidal e Renan de Moraes. A entrada é franca, com recomendação para maiores de 16 anos.

A Petrobras tem tradição em difundir projetos de animação. Desde 1997, patrocina o Anima Mundi, maior festival de cinema de animação das Américas.

Evolução do evento no Brasil
Na primeira edição, em 2004, o Dia Internacional da Animação foi realizado apenas em São Paulo; no segundo ano, em cinco capitais brasileiras; em 2006, em 19 cidades; em 2007, em 50 cidades, e, em 2008, o evento alcançou 150 cidades, contando com a participação de todos os 26 estados brasileiros e o distrito federal.

Sobre o Dia Internacional da Animação
A mostra foi criada em 2002 pela Associação Internacional do Filme de Animação. O dia 28 de outubro foi escolhido para comemorar o Dia Internacional da Animação, pois foi nesta data que Émile Reynaud, em 1892, realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris. Essa projeção foi a primeira exibição pública de imagens animadas do mundo.

Veja as fotos, a programação e a listagem das cidades participantes em:www.diadanimacao.com.br

MCD desenvolve mais um projeto “enrolado” na arte


Em parceria com a revista Vice, a MCD, precursora de idéias originais que unem arte, moda e cultura, desenvolveu “O Rolo”. O projeto foi inspirado na antiguidade, onde os livros eram escritos em forma de rolo, no qual o leitor deveria seguir a seqüência do desenrolar para desvendar o final, sem pular capítulos ou etapas da historia.

Da mesma forma, duas duplas de artistas - Rafael Sliks e Rafael Hayashi (grafiteiros) / Marco Ubaldo (ilustrador) e Bob Queiroz (tatuador) – recebem cada uma um rolo de tecido, com 7 x 1,60m para customizarem, intervindo livremente antes do processo de fabricação da peça, ao contrario do que é feito normalmente. Pensando ainda na reciclagem e no meio-ambiente, esse rolo é feito com sobras de tecidos das coleções passadas, reaproveitando um material não utilizado anteriormente. Depois do tecido pintado, a equipe de Estilo da MCD será responsável por desenvolver artesanalmente roupas e acessórios conceituais.

Todas as fases do “O Rolo” serão registradas em vídeo e postadas no blog do projeto, para que todos possam acompanhar as etapas da confecção desse tecido exclusivo que segue o inverso do processo padrão de customização.

O projeto - que reforça a busca da MCD pela originalidade e por valores que vão além do consumo e do fluxo de mercado- conceitua-se por permitir processos como a troca de idéias, a diversidade e a liberdade de criação. Respeita o tempo de cada artista e rompe os limites físicos, para que cada traço ou pincelada atinja a extensão desejada.

A exposição desses tecidos acontecerá entre os dias 18 e 21 de novembro no Espaço Matilha Cultural.

Serviço:
O Rolo – 18 a 21/11
Matilha Cultural – Rua Rego Freitas, 542
www.mcdbrasil.net/orolo

A Casa da Luz Vermelha apresenta a exposição fotográfica "O Colecionador de Paisagens", de Kazuo Okubo


De 4 de novembro a 12 de dezembro, A Casa da Luz Vermelha apresenta a mostra fotográfica O Colecionador de Paisagens, de Kazuo Okubo. A exposição, que tem curadoria de Ralph Gehre, traz 29 fotos em tamanhos diferentes de até 1mX1,50m. As fotos, com tiragem limitada até 10 cópias e impressas em papel de fibra de algodão, são o resultado de um exaustivo exercício de fotografia realizado em quatro capitais européias – Amsterdã, Praga, Paris e Roma.

Depois de apresentar as mostras individuais Paisagens (2004) e corpos nus de pessoas comuns fotografadas em momentos únicos tendo Brasília como cenário em De Todas as Formas (2007), Kazuo Okubo volta seu olhar para o mundo com um trabalho requintado em técnica, mas impregnado de emoção e espanto ao se deparar com cenas pictóricas impressas na memória coletiva. Imagens carregadas de história e em composições que transitam entre o onírico e o real.

“A Europa entra nesta exposição por causa do impacto e o choque que ela me causou ao vê-la pela primeira vez. São cenários quase idílicos que há muitos anos viviam em meu imaginário e que agora consegui concretizá-los”, afirma Kazuo Okubo ao explicar o foco geográfico de seu trabalho. As fotografias de paisagens que compõe esta mostra são quase uma conseqüência imediata desse encontro, um viés surgido da necessidade de expressar a urgência da comunicação.

Ralph Gehre, curador da mostra O Colecionador de Paisagens, examinou pouco mais de 6.500 imagens. “Entre mais de uma centena de cliques perfeitos, como poderia escolher apenas uma dúzia de fotos?”, pergunta. Ralph lembra que, na exposição, não está em questão apenas o objeto enfocado, e sim, as escolhas anteriores estabelecidas na memória do artista.

Assim, a mostra foi dividia em três acervos. O primeiro é intitulado Paisagem Obtusa, onde as imagens são amplas e complexas, compostas por sobreposições de planos infinitos sobrecarregados de influências pictóricas. Nelas surgem cidades-criaturas sempre incompletas, onde realidade e fantasia se misturam e dão testemunho da incompletude. O segundo acervo, Paisagem Formal, traz a linha do horizonte como eixo e a altura do homem que vê e a distância do objeto observado compõem uma visão que contradiz a verdade geográfica. As imagens são justapostas como se fizessem parte de um museu de “história natural”. As imagens beiram o limite da naturalidade, com pássaros que se encaixam perfeitamente no céu e cores e sombras controladas e orquestradas resultam “construções apuradas pelo olhar do observador”, afirma Gehre.

Paisagem Colagem é o terceiro e último acervo desta mostra. Ele registra uma construção ainda mais elaborada, beirando o imponderável, o impossível. “São fotos com uma visão mais interior da urbe, um universo interior, fruto da anarquia desvairada que a comunicação em massa impõe”, diz Gehre. São imagens de affiches, chamadas publicitárias, banners e fachadas em planos contrapostos. Espaços poluídos pela publicidade onde surgem buracos, passagens, túneis que sugerem a existência de um mundo muito raro onde algo de muito interessante acontece.



Sobre A Casa da Luz Vermelha
Fundada pelo fotógrafo brasiliense Kazuo Okubo, A Casa da Luz Vermelha é a primeira galeria especializada em fotografia de arte na capital federal. O espaço, com 130 m2, tem caráter nacional, pois seu acervo será comercializado via Internet em todo o país. No acervo permanente da galeria, grandes nomes da fotografia brasileira, entre eles, Anderson Schneider, André Dusek, Bento Viana, Camilo Righini, Carlos Moreira, Cristiano Mascaro, Dorival Moreira, João Paulo Barbosa, Kazuo Okubo, Olivier Boëls, Patrick Grosner, Ricardo Labastier, Thomaz Farkas, Tiago Santana e Walter Firmo. Em São Paulo, a galeria será representada com exclusividade pela arquiteta Rosely Nakagawa, maior especialista no Brasil em fotos de arte, consultora técnica e curadora do acervo permanente de A Casa da Luz Vermelha.

Serviço:
O Colecionador de Paisagens
Exposição fotográfica de Kazuo Okubo
De: 4 de novembro a 12 de dezembro
Local: A Casa da Luz Vermelha
Visitação: Segunda a sexta-feira das 10h às 20h
Sábado das 10h às 18h
Endereço: SCES Trecho 02 Conjunto 31 – ASBAC
Telefone: 3878 9100
contato@acasadaluzvermelha.com
www.acasadaluzvermelha.com

Volta ao Mundo de Bicicleta


O arquiteto mineiro Argus Caruso Saturnino lança, nas próximas semanas, em Belo Horizonte e São Paulo, o livro Caminhos – Volta ao Mundo de Bicicleta (EDIÇÕES SESCSP). A obra é resultado de sua viagem pelo mundo em uma bicicleta com o projeto educacional “Pedalando e Educando” (2001-2005), que buscava na aventura uma estratégia de incentivo para o aprendizado. O objetivo era dar aulas, via internet, para crianças de escolas públicas, disseminando o conhecimento adquirido na viagem. Assim, durante três anos e meio, Argus difundiu sua exótica experiência, com fotos, textos e vídeos, em tempo real, no site bilíngue. O projeto foi acompanhado por aproximadamente três mil escolas de diversos países.

Agora, o material produzido na viagem, entre textos e fotografias, compõe o livro fotográfico de 230 páginas, no qual o viajante retrata sua jornada por mais de 28 países nos 35 mil quilômetros percorridos pelas Rotas Inca, da Companhia das Índias Orientais, da Seda, das Caravanas do Império Romano, dos Mercadores Africanos e Asiáticos, Estrada Real, entre outras.

Durante e depois da viagem, o autor também realizou palestras, debates e algumas exposições de fotos mostrando aspectos da natureza e cultura dos países que visitou, com imagens e informações, despertando grande interesse do público.

A aventura ao redor do mundo começou em dezembro de 2001, quando saiu de Cordisburgo, cidade de seu avô e de Guimarães Rosa, no interior de Minas Gerais, com uma bicicleta de 21 marchas e muita disposição. Na mochila, apenas um saco de dormir, máquina fotográfica, baterias, filmes, roupas e documentos. Com pouco recurso, a viagem teve início com menos de um quarto da verba estimada, mas isso e nem a falta de equipamentos apropriados, não impediram que Argus pedalasse pelo mundo, conhecendo novas culturas, até chegar novamente a Cordisburgo, em 2005.

A Escola do Mundo
Argus, 34 anos, já tem novos planos para 2010. Dando continuidade ao projeto educacional “Pedalando e Educando”, o arquiteto iniciará em janeiro do próximo ano “A Escola do Mundo”, um projeto que visa o relato de histórias e exposições fotográficas itinerantes em cidades do Norte e Nordeste do Brasil. O objetivo é continuar dividindo os conhecimentos adquiridos durante o tempo que esteve viajando de bicicleta pelo mundo.

SERVIÇO – LANÇAMENTO
São Paulo (SP)
Data: 03 de novembro de 2009
Horário: 19h
Local: Unidade Provisória SESC Avenida Paulista
ENDEREÇO: Avenida Paulista, 119
Estação Brigadeiro do Metrô
Fone: (11) 3179-3700
www.sescsp.org.br
Estacionamento conveniado
Rua Leôncio de Carvalho, 98.
R$ 7,00 pelo período de 4 horas.

Sobre o autor
Argus Caruso Saturnino nasceu em Belo Horizonte, em 1974. Formou-se em arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2000 e trabalhou em escritórios no Brasil, Espanha e Bélgica. Antes da viagem de volta ao mundo de bicicleta, pedalou pelos caminhos de Minas, Rio e Espírito Santo. Rodou a Europa e a África com a mochila nas costas e realizou a travessia do Atlântico, refazendo a rota de Pedro Álvares Cabral, na regata Brasil 500 anos. Atualmente, vive no Rio de Janeiro.

Sobre Edições SESC SP
As publicações das Edições SESC SP são pensadas e construídas em um longo processo de maturação e discussão, justamente por estarem envolvidas em projetos de largo alcance. Destacam-se aí as parcerias com outras instituições, tais como o governo, editoras e ONGs, ampliando os laços entre suas ações e a comunidade. Muitos desses trabalhos articulam-se em diversas mídias, para atender aos anseios de um público interessado em informações plurais que podem vir de diferentes recursos multimídia, integrando texto, áudio e vídeo. Seu projeto gráfico, muitas vezes arrojado e experimental, constitui-se também em um campo para a criação. Com o intuito de expandir seu campo de ação, atendendo a um público cada vez maior, complementando o catálogo construído nos últimos anos e firmando-se cada vez mais como uma importante referência em publicações culturais no país. http://www.sescsp.org.br/loja

FAAP Moda chega a sua sexta edição premiando novos talentos

A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) realiza hoje, 27 de outubro, às 21h00, a 6º edição do FAAP MODA, evento anual dedicado a premiar estudantes do curso de moda da FAAP. O Concurso FAAP MODA vai identificar os participantes como “novos talentos” da moda brasileira, criando um cenário rico de experiências entre os alunos e os grandes profissionais do mercado nacional.

Seis estudantes finalistas irão desfilar suas coleções para um júri formado por personalidades, intelectuais da moda, da arte e do design, entre eles: Oskar Metsavaht, Jefferson Kulig, Alexandre Herchcovitch, Lilian Pacce, Marcelo Sebá, Arthur Casas, Ricardo Van Steen, Guto Lacaz, Tripolli, Flavia Lafer e como convidado especial Rob Phillips, creative director for the School of design& Technology at London College of Fashion, que vem ao Brasil especialmente para o evento.

A FAAP ofereceu todo suporte financeiro para a produção dos trabalhos que serão desfilados. Como novidade para esta edição o evento vai premiar um vencedor julgado pelo público presente através de votação eletrônica.

O evento ainda conta com um blog http://www.faapmoda.blogspot.com/, que se transformou em um canal aberto entre os estudantes de moda, arquitetura e design da Fundação e de outras instituições, além de formadores de opinião.

O FAAP MODA lançou nomes importantes como Fernanda Yamamoto, 26 anos. Jovem estilista que desfila atualmente no calendário Rio Fashion Week. Fernanda foi vencedora da primeira e segunda edições do FAAP Moda.

Compromisso com a moda
Desde a década de 1980, quando lançou seu primeiro curso livre de modelagem, a FAAP apresenta uma bem-sucedida história ligada à moda, pontuada por promoções de desfiles de renomados estilistas brasileiros, como Reinaldo Lourenço e Valdemar Iodice, e internacionais, como Pierre Cardin, Oscar de La Renta e Christian Lacroix.

Reconhecida por sua tradição de qualidade de ensino, a FAAP tem na moda um compromisso. Sua missão é levar os alunos a conhecer o mercado, desenvolver produtos, montar coleções e dirigir negócios.

Desde 2008, a FAAP oferece a graduação em Design de Moda. O curso vem ao encontro de uma necessidade do mercado por educação em moda, oferecendo ao aluno a possibilidade de vivenciar uma experiência teórico-prática a partir de disciplinas inovadoras no Brasil, como Figurino, Joalheria, Sapatos e Acessórios, Cenografia e Biônica na Moda.

Além da graduação, a Fundação continua oferecendo o seu curso Seqüencial em Moda com duração de dois anos, que possibilita ao aluno complementar seus estudos na Europa em função do convênio que mantém com a ESDY-Barcelona.

Pós-Graduação
Em 2005, a Faculdade de Artes Plásticas lançou seu primeiro curso de Pós-Graduação em Direção de Criação em Moda. Seus objetivos principais são expandir os horizontes profissionais para designers de alto nível e facilitar sua inserção nas empresas do setor, estimular pesquisas inovadoras em linguagens de moda e enfatizar a interação entre as novas tecnologias têxteis industriais e o design de moda.

O curso procura estimular o intercâmbio entre tradição, tecnologia, arte, artesanato e produção em série. Seu público-alvo é formado por designers de moda, artistas plásticos e profissionais que atuam no mercado da moda ou que utilizam a moda como linguagem.

Em 2006, a Faculdade lançou o MBA Gestão Estratégica em Moda, que forma profissionais de gestão para ocupar posições de direção em empresas da indústria têxtil, vestuário e afins, fortalecendo a posição do Brasil no cenário internacional como um novo formador de mão-de-obra especializada em moda.

O programa aborda as principais necessidades da indústria da moda brasileira e internacional e as mais modernas técnicas de gestão, levando em conta o novo momento do mercado, cujas marcas passam a fazer parte de grupos de investimentos, necessitando, portanto, de profissionais capazes de desenvolver uma visão estratégica do negócio, aliando os elementos de gestão às dimensões do design e da comunicação.

Ano da França no Brasil leva obras primas de Rodin a Salvador

Uma concorrida festa de inauguração coroou o processo de sete anos que unem os primeiros acordos feitos entre França e Brasil para a vinda das peças do escultor francês Auguste Rodin para a Bahia, e a abertura da exposição “Auguste Rodin, homem e gênio”, que permanecerá aberta a visitação pública por três anos. Esta é a primeira vez na história que o Museu Rodin Paris concorda em ceder para uma exposição, e por tanto tempo, as peças do artista considerado o pai da escultura moderna, o que envolveu um bem sucedido esquema de colaboração binacional que já dura quase uma década e teve seu ápice durante o Ano da França no Brasil.

Em sua primeira noite, as 62 esculturas, avaliadas em R$ 26 milhões e que foram cedidas em comodato de três anos pelo governo francês para a realização da exposição, receberam a visitação de cerca de 1,5 mil pessoas. O Projeto Rodin Bahia foi aberto pelo governador do Estado, Jacques Wagner, que esteve acompanhado da primeira-dama, Fátima Mendonça, e de membros da sua administração, como o secretários da Cultura, Marcio Meirelles, e do Turismo, Domingos Leonelli; o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia – IPAC, Frederico Mendonça; e o diretor do Palacete das Artes - Museu Rodin Bahia, o também artista plástico Murilo Ribeiro.

“Para nós todos é um motivo de orgulho. Pela primeira vez essas peças saem do Museu Rodin Paris por um período tão longo, o que mostra a deferência da França em relação à Bahia”, declarou Jacques Wagner, durante a coletiva que se seguiu à inauguração. “Espero que todos os visitantes possam ser inspirados, que desperte vontades artísticas e possa estabelecer trocas culturais e científicas entre o Brasil e a França”, completou.

Também estiveram presentes Chantal Haage, conselheira de Cooperação e Ação Cultural Adjunta da Embaixada da França no Brasil e Irène Kirsch, adida cultural da França na Bahia. O conservador geral do Patrimônio e diretor do Museu Rodin Paris, Dominique Viéville, enfatizou a importância de inaugurar esta exposição dentro do Ano da França no Brasil, visto que o comodato que trouxe as obras é fruto de uma ação inédita dentro das relações binacionais França-Brasil.

“Fazer parte do Ano da França no Brasil é importante dentro de um contexto de descentralização da cultura francesa, em um nível internacional”, colocou Viéville, que cita outras iniciativas de museus que fizeram itinerância de seus acervos dentro da França, como o Museu do Louvre e o Centro Georges Pompidou. “São projetos diferentes e complementares, que provocam o olhar de outra cultura sobre a cultura francesa e vice versa. Esta cooperação franco-brasileira vai dar uma nova vida às obras primas de Rodin”, arrematou o diretor do Rodin Paris.

Aline Magnien, conservadora em chefe do patrimônio e responsável do serviço de coleções do Museu Rodin Paris ressaltou o empenho do governo baiano e francês para que o projeto de trazer ao Brasil as peças do maior escultor do século. “É um conjunto de sucessos, desde o restauro do casarão, até a cenografia bela e inteligente que foi feita para receber as peças. Estamos muito felizes com o resultado”.

Para o secretário de Cultura, Marcio Meirelles, o fato de a exposição “Auguste Rodin, homem e gênio” ter sido aberta durante o Ano da França no Brasil tem uma dimensão acentuada pela relação histórica entre os dois países. “A Bahia foi um dos estados que teve os maiores eventos dentro deste projeto e a inauguração das obras de Rodin na Bahia evoca a contemporaneidade e a história”.

“Aconteceu muita coisa na Bahia no contexto do Ano da França no Brasil, e a inauguração do Museu Rodin neste contexto foi uma coincidência feliz”, ponderou Irène Kirsch, adida cultural da França na Bahia. “É uma oportunidade completamente inédita, com impacto nacional e além fronteiras no mercado de turismo e cultural. A vinda destas peças é uma história de desejo, o epílogo feliz de um processo de negociação que envolveu dois governos, quatro Ministérios da Cultura em ambos os países e é uma forma de a França dizer eu te amo, dos dois lados”, completou.

“Para além de uma coincidência feliz, essa inauguração neste ano não seria possível sem o empenho e a chancela do Ano da França no Brasil, que otimizou, oportunizou e transformou esta noite em inesquecível”, enfatizou o diretor do Palacete das Artes – Museu Rodin Bahia, Murilo Ribeiro. “Se não fosse ao Ano da França no Brasil não conseguiríamos chegar a este resultado tão importante e bem sucedido que vemos aqui esta noite. É uma exposição que vai alavancar a linguagem da escultura na Bahia e a visitação aos outros museus baianos. O Rodin pretende ser catalisador de arte e cultura”.

A museóloga responsável pelo Rodin Bahia, Heloísa Helena Costa, relembrou o histórico anterior à inauguração da exposição: “O projeto começou em 2002, com Jacques Villain, diretor do Museu Rodin Paris, e Emmanoel Araújo. E o projeto cresceu primeiro recuperando um patrimônio da Bahia e do Brasil, que é o casarão Martins Catarino, e depois levando a termo a vinda das obras. O Ano da França no Brasil é um evento primoroso, que faz com que a gente cada vez mais estreite as relações entre a França e o Brasil, que ficaram um pouco perdidas no tempo”, acrescenta. “Essa retomada de trocas culturais e científicas com a França fazem muito bem ao brasileiro, que vai buscar um pouco na sua origem anterior a maneira de olhar a vida cultural e científica com mais cuidado e atenção”.

Já Chantal Haage, conselheira de Cooperação e Ação Cultural Adjunta da Embaixada da França no Brasil, posiciona a inauguração de “Auguste Rodin, homem e gênio” como um dos eventos mais importantes do Ano da França no Brasil. “Ele é único, dentro de coisas tão importantes e interessantes que aconteceram neste projeto até aqui. Uma exposição deste estilo, com obras primas de Rodin, que é um artista extraordinário, com esta duração, é um exemplo único no contexto do Ano da França no Brasil. Ela vai desembocar em outras exposições, há todo um pensamento científico e cultural que acompanha esta apresentação, o que propiciará uma verdadeira troca entre os artistas brasileiros e franceses”.

O conjunto de obras que ficará, por um período, aberto a visitação gratuita, é composto por originais que são registrados no inventário das coleções públicas francesas, sendo consideradas propriedade inalienável do Estado Francês. As peças devem voltar a Paris ao fim de 2012, podendo ser feito um novo contrato com outras coleções do autor.

As 62 peças foram esculpidas em gesso, em uma tradução da técnica de Rodin, que costumava trabalhar com este material, deixando que seus assistentes fundissem o metal para finalização e reprodução de suas obras. Para Rodin, somente o gesso era capaz de moldar sobre o que já fora criado, o metal ou o mármore impediam as torções e contornos necessários a sua representação artística.

Entre os destaques da exposição, estão obras como “O Beijo”, “O Pensador”, “O Escultor e Sua Musa”, “Eva”, “A Defesa”, “O Desespero”, “Terceira Maquete para a Porta do Inferno”, “Glaucus”, “O Sono”, “A Meditação”, “A Eclesiástica” e a “Danaide”.

O projeto Rodin é uma iniciativa do governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado, e conta com o apoio do Governo Federal do Brasil, da República Francesa e do Museu Rodin Paris.

Os patrocinadores do Ano da França no Brasil são:
Comitê de patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint-Gobain, Safran, Thales, Vallourec.

Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Banco Itaú, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro.

Parceria: Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores, TV5Monde, Ubifrance, Aliança Francesa, CulturesFrance, TV Brasil, SESC, SESC SP.

Realização:
Governo Federal do Brasil e República Francesa