10.12.09

Exposição da artista plástica francesa Lulu

A IQ Art Gallery do Espaço Cultural Chakras apresenta de 20 de janeiro até 28 de março, a exposição Desfile na Tela, com dezesseis obras da artista plástica francesa Lulu, que sugere um passeio pelo universo da moda e decoração, por meio de elegantes e sensuais figuras femininas.

Desde que chegou ao Brasil, há três anos, as cores invadiram a obra de Lulu. Na fase atual, chamada Coleção Outono Inverno 2010, os tons alegres e vibrantes contrastam com as pinceladas mais clássicas das fases anteriores da artista.

As referências coloridas vêm de toda parte: são estampas de tecidos, azulejos, grafismos saídos das passarelas, mosaicos, papéis de parede e uma infinidade de inspirações revisitadas pelo olhar apurado e sensível de Lulu, que surgem como pano de fundo, ou mesmo, nos figurinos de suas mulheres.

No conjunto, uma observação atenta mostra que as obras de Lulu apresentam uma mistura perfeita do perfil altivo das parisienses com a alegria espontânea das mulheres brasileiras. Para completar, algumas telas recebem colagens: broches, flores, plumas, aplicações de papéis antigos ou qualquer outro “acessório” escolhido pela artista para enfeitar suas modelos.

Não é a toa que a mostra se chama Desfile na Tela. Ao longo de dois meses, as telas irão sendo substituídas por Lulu como se fossem realmente modelos numa passarela, mostrando todo o talento e criatividade desta francesa que se apaixonou pela cultura brasileira.

DESFILE NA TELA
De 20 de janeiro a 28 de março de 2010
Artista: Lulu
De terça a quinta, das 12h à 1h; sexta e sábado, das 12h às 2h; domingo, das 12h à 0h.
Local: IQ Art Gallery do Espaço Cultural Chakras.
Grátis.
Livre para todos os públicos.
Estacionamento: a partir de R$ 10.
Endereço: Rua Dr. Melo Alves, 294, Jardins – São Paulo – SP.
Tel. (11) 3062-8813.
www.chakras.com.br

Os Gêmeos participam do Roda Viva

O Roda Viva recebe nesta segunda-feira (14/12), na TV Cultura, Os Gêmeos, dupla de grafiteiros consagrados internacionalmente. A entrevista será transmitida ao vivo, a partir das 18h30, pela IPTV Cultura – www.iptvcultura.com.br/rodaviva -, e veiculada pela TV Cultura, na íntegra, às 22h, com apresentação de Heródoto Barbeiro.

Ainda na infância, em São Paulo, os dois irmãos já demonstravam habilidade com os desenhos, que, aos poucos, saíram do papel e foram parar em muros, viadutos, ônibus, trens, e, finalmente, em galerias de arte e museus no Brasil e no exterior.

Representantes de uma arte tão imaginativa quanto polêmica, que tem forte interferência na paisagem urbana, Os Gêmeos colocaram o país no topo da arte urbana contemporânea. E, nesta edição do Roda Viva, os irmãos paulistanos Gustavo e Otávio Pandolfo devem falar, entre outros assuntos, sobre a arte que ganhou o mundo e o preconceito enfrentado, ainda hoje, pelos grafiteiros.

Faculdade Santa Marcelina abre inscrições para o Mestrado em Artes Visuais

A FASM, Faculdade Santa Marcelina, anuncia a abertura do processo de seleção para o Mestrado em Artes Visuais. Reconhecido pela Capes, o curso é voltado a artistas e interessados na investigação em arte contemporânea. Para inscrever-se, é preciso comparecer, até 29 de janeiro, à Secretaria Setorial da Pós-Graduação da Faculdade Santa Marcelina. A taxa de inscrição é de R$ 80,00.

Focado na produção artística contemporânea, aliada à reflexão histórica e crítica e na valorização da diversidade cultural, nacional e internacional, o curso tem como um de seus objetivos incentivar a produção pratica, teórica e crítica em artes visuais, proporcionando a atuação dos alunos em museus, galerias, exposições e ações de inserção artística dentro do campo da cultura.
São duas as linhas de pesquisa oferecidas: História Crítica e Pensamento Curatorial, e Pesquisa em Arte e Práticas Experimentais. Na primeira, a partir dos campos disciplinares da educação, história, crítica e curadoria, a linha de pesquisa propõe estudos que enfoquem aspectos e relações entre os processos de produção, circulação e apresentação das manifestações artísticas contemporâneas. Contempla projetos de natureza teórica e artística.

Já a linha Pesquisa em Arte e Práticas Experimentais, a partir da experiência e prática de artistas atuantes, propõe o desenvolvimento de investigações de natureza artística no campo estético e urbano, acompanhado de uma reflexão sistematizada sobre seus aspectos processuais. Contempla projetos de natureza teórica e artística.

O processo seletivo conta com quatro etapas: análise do projeto de pesquisa; prova escrita, prova de leitura e interpretação de texto em língua estrangeira (inglês, francês, espanhol ou italiano) e encontro presencial, no qual será analisada a proposta de pesquisa e o Curriculo Lattes do candidato, bem como apresentação do portfólio com fichas técnicas dos trabalhos documentados.

A divulgação dos resultados finais acontece no dia 22 de fevereiro de 2010. O período de matricula será nos dias 1 e 2 de março e as aulas terão início dia 8 de março de 2010. O edital com a bibliografia, o calendário do processo seletivo, disciplinas oferecidas e a equipe docente estão disponíveis no site da faculdade: www.fasm.edu.br. Mais informações podem ser obtidas também pelo telefone (11) 3824-5808 ou pelo e-mail pos-graduacao@fasm.edu.br.

Serviço
Processo seletivo para o Mestrado em Artes Visuais da FASM
- Inscrições – até 29 de janeiro de 2010
- Prova escrita – 8 de fevereiro de 2010 (das 14 às 17h30)
- Prova de Língua Estrangeira – 9 de fevereiro de 2010 (das 9h30 às 13 h)
- Encontro presencial 10,11 e 12 de fevereiro de 2010
- Resultado final: 22 de fevereiro de 2010
- Matrículas : 1 e 2 de março de 2010
- Início das aulas : 8 de março de 2010
- Informações: www.fasm.edu.br ; (11) 3824-5808
ou pelo e-mail pos-graduacao@fasm.edu.br

Endereço FASM/Unidade Perdizes:
R. Dr. Emílio Ribas, 89 - Perdizes – São Paulo

Vão do MASP recebe esculturas de Abelardo da Hora

O escultor, desenhista, gravador, gravurista e ceramista Abelardo da Hora, um dos raros expressionistas brasileiros ainda em atividade, abre no dia 15 de dezembro em São Paulo, a exposição retrospectiva de seus 60 anos de carreira. Vinte e cinco toneladas em esculturas, gravuras, desenhos e cerâmicas estarão no vão do MASP até o dia 14 de fevereiro. O nome da mostra – “Amor e Solidariedade” – é uma referência à dualidade da obra de Abelardo, em que figuras esquálidas de retirantes nordestinos convivem, no mesmo espaço, com peças de nus femininos feitas de concreto polido e bronze. “O amor eu dedico às mulheres e a solidariedade ao povo”, explica o artista. Depois de São Paulo, as peças de Abelardo vão para João Pessoa, Recife, Caracas, Paris (Museu George Pompidou), Bruxelas e Buenos Aires .

Boa parte do trabalho de Abelardo da Hora tem um forte componente político, que se confunde com sua própria trajetória de vida. Ligado ao Partido Comunista, ele foi preso umas 70 vezes e tem seu nome ligado à criação do Movimento de Cultura Popular (MCP), no Recife, que influenciou outras iniciativas do gênero no País. Ao mesmo tempo, nunca deixou de lado a sensualidade dos nus femininos.

Esse contraste sempre marcou a carreira de Abelardo, mas o essencial, segundo os críticos, é que ele nunca se curvou aos modismos. Preferiu comover-se tanto ao retratar as condições subumanas da sociedade nordestina como corpos femininos que transmitem ao mesmo tempo sensualidade e recato. “Quando ele modela um braço de uma de suas deusas temos a sensação única de ser distinguido com o privilégio de assistir ao nascimento de Vênus, de Ceres, da beleza e da fecundidade, na hora em que Deus criou a carne”, observa o pintor e discípulo José Cláudio. “Sua arte, sensível aos valores plásticos e visuais do modernismo, não é episódica nem faz concessões”, acrescenta Mário Barata, um dos maiores conhecedores do conjunto de uma obra que inclui mais de mil trabalhos espalhados pelo mundo.

Esculturas e desenhos de Abelardo estiveram ou estão em locais tão distantes quanto Ulan Bator, na Mongólia, no Seminário Metodista do Tenenesse (EUA), no Euro Museu da República Tcheca e no jardim do marchand Abelardo Rodrigues, no Cosme Velho, Rio. O Recife tornou-se seu museu a céu aberto, com figuras expostas em parques, praças e na entrada de edifícios. “Abelardo da Hora define sua arte não como finalidade hedonística e experimental, mas como linguagem-brado e como gesto de trincheira”, afirmou o crítico José Geraldo Vieira.

Nascido em 1924, na Usina Tiuma, em São Lourenço da Mata, bem perto da capital pernambucana, chegou ainda criança ao Recife, em 1932. Desse período inicial na cidade grande, conheceu as brincadeiras de crianças pobres do bairro da Caxangá, que iriam influenciar parte de seu trabalho na vida adulta.

Mais tarde, num ambiente em que já brilhavam artistas do porte de Vicente do Rego Monteiro (1889-1970) e Cícero Dias (1907-2003), Abelardo cursou Artes Decorativas no Colégio Industrial Professor Agamenon Magalhães, estudou escultura na Escola de Belas Artes de Pernambuco e também concluiu o bacharelado na Faculdade de Direito de Olinda. Mas nunca exerceu a profissão de advogado. Mesmo porque a chance de virar artista profissional bateu-lhe a porta em 1942 quando o industrial Ricardo Monteiro Brennand entusiasmou-se por sua obra. Resultado: entre 1943 e 1945, morou na casa dos Brennand e, nos espaços do Engenho de São João da Várzea, realizou vários trabalhos em cerâmica, jarros florais e pratos com motivos regionais em relevo e terracota.

A partir daí o trabalho de Abelardo da Hora começou a marcar a toda uma geração de artistas e intelectuais de Pernambuco. Tanto em estética quanto em política, teve forte influência nas carreiras de artistas plásticos que desenvolveram trajetórias brilhantes em todo o País. Nesse time estão o amigo de infância Francisco Brennand, além de Wellington Virgolino, Corbiniano, Ionaldo, Gilvan Samico e José Cláudio.

Depois de uma passagem pelo Rio, na década de 40, Abelardo voltou a Pernambuco para realizar, em abril de 1948, uma exposição de esculturas na Associação dos Empregados do Comércio, sob o patrocínio da Prefeitura do Recife. Depois do sucesso da exposição, criou com o artista plástico Hélio Feijó (1913-1991) a Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR). Em 1952, fundou o Atelier Coletivo, grupo que iria influir profundamente na produção cultural de Pernambuco.

O Atelier Coletivo, como se vê, não trataria apenas de artes plásticas. De seus quadros faziam parte, por exemplo, os escritores Aderbal Jurema (1912-1986) e Hermilo Borba Filho (1917-1976) e o teatrólogo Luiz Mendonça. Mas foi com quadros e esculturas que o movimento cresceu, com a promoção de salões de arte em Pernambuco e participação em outros espaços do País, como o Clube da Gravura de Porto Alegre, dirigido por Carlos Scliar. Da capital gaúcha, a exposição ganhou o mundo. Percorreu todos os países da Europa, a União Soviética, China, Israel e Mongólia.

O atelier não foi o único movimento artístico que Abelardo criou ou ajudou a criar. É o caso do Movimento de Cultura Popular (MCP), quando ele era chefe da Divisão de Parques e Jardins da Prefeitura do Recife na administração de Miguel Arraes, entre 1960 e 1962. O MCP também refletia um sentido altamente engajado e seu objetivo era “ampliar a politização das massas, despertando-as para a luta social”, conforme preconizavam seus participantes. O movimento tinha vários pilares além das artes plásticas, com destaque para a literatura, por meio da participação de escritores, jornalistas e poetas como Ariano Suassuna, Carlos Pena Filho, Aloísio Falcão e Hermilo Borba Filho. Havia até mesmo um trabalho de alfabetização, comandado pelo jovem educador Paulo Freire (1921-1997), e entusiastas no Brasil inteiro - Darcy Ribeiro, o mais exaltado desses admiradores à distância, chegou a prescrever a idéia para todo o País. Mas ai veio o golpe de 1964 e a festa do MCP acabou.

No auge do Movimento de Cultura Popular, em 1962, Abelardo criaria um de seus trabalhos mais pungentes: a série de 22 desenhos de bico-de-pena “Meninos do Recife”, que foi lançada em álbum como nota de apresentação de Miguel Arraes. Um desses desenhos ilustra a edição francesa do livro “Geografia da Fome”, a pedido de seu autor, o médico e professor Josué de Castro (1908-1973). Os desenhos mostram a miséria das crianças de rua, com seus pés descalços na lama, pernas e braços finos, barrigas inchadas, rostos angulosos e magros e vestimentas de molambo.

Depois de 1964, quando seus “Meninos do Recife” foram apreendidos pelos militares - e parte da coleção queimada em frente ao jornal Diário de Pernambuco, junto com exemplares da cartilha de Alfabetização do MCP - Abelardo, já fora do PCB, teve duas outras incursões fora de seu Estado natal: São Paulo e Paris. Nos dois casos, teve que deixar a família no Recife. Na capital paulista foi acolhido pela amiga arquiteta Lina Bo Bardi e seu marido, Pietro Maria Bardi, diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP). O escultor conhecera Lina, no início dos anos 1960, quando ela dirigia o Museu Solar do Unhão, em Salvador. Com ajuda do casal, ele conseguiu emprego como cenógrafo na antiga TV Tupi.

Ao mesmo tempo trabalhava na instalação do Museu Lasar Segall, que seria inaugurado em 1969, e na série de desenhos “Danças Brasileiras de Carnaval”. A pedido de Bardi, também participou com novos desenhos da mostra que abriu a Galeria Mirante das Artes, em 1967, e organizou uma exposição de artistas pernambucanos no Museu de Arte Contemporânea da USP, dirigido por Walter Zanini. A mostra era basicamente um reencontro de Abelardo com alguns seus antigos discípulos - Samico, Maria Carmen, Anchises Azevedo e Wellington Virgolino.

Mais uma vez de volta ao Recife, em 1968, Abelardo mudou radicalmente de vida e foi trabalhar na empresa de pesca de seu irmão Luciano. Diante das perseguições promovidas pelo regime, não tinha condições de sobreviver de arte. Quando a repressão baixou um pouco de tom, Abelardo retomou a atividade artística em sua casa-atelier na Rua do Sossego e ali produziu uma sequência de esculturas de corpos femininos deitados, que balizaria o “outro lado” de sua obra - o toque da sensualidade em cimento e bronze. “Mulher, objeto de Repouso” foi a primeira dessa série. Depois desse período recifense, Abelardo passou uma temporada em Paris, para retornar ao Recife no início dos 1980.

Diretor de criação David Kim atua como live painter em festa-vernissage da UAKARI Studio





A UAKARI Studio, boutique criativa em marketing promocional e comunicação, promove festa-vernissage no Otto Bistrô hoje, dia 10 de dezembro, quinta-feira. David Kim, vencedor de um Press Award, um dos mais importantes prêmios internacionais de arte e mídia -, sócio e diretor de criação da empresa, e o ilustrador, Alexandre Soma, atuarão como live painters na noite, além de exporem seus trabalhos artísticos.


Sobre a UAKARI Studio
Com estrutura enxuta, composta por jovens empreendedores com experiência importante em empresas no Brasil e no exterior, a UAKARI se propõe a valorizar o Incomum – por isso escolheram o nome de um dos mais raros macacos do mundo para identificar a agência. O estúdio desponta como uma das novas promessas do segmento, trocando "quantidade de clientes por qualidade no planejamento", defendendo a ideia de que a comunicação não vive sem a arte. Por isso, o evento não vai fugir à regra.

Serviço
Vernissage UAKARI Studio

Quando: 10 de dezembro de 2009, às 19h
Onde: Otto Bistrot, Rua Pedro Taques, 129 – Consolação, São Paulo
www.ottobistrot.com