30.4.09

Instituto Carrefour promove curso de História da Arte

O Instituto Carrefour promove, entre os dias 4 de maio e 22 de junho o curso Do Realismo ao Surrealismo: a arte francesa moderna, que compõe um panorama da pintura francesa do século XIX até o começo do XX. Configurado em oito aulas, o curso, que será ministrado pelo Curador-Adjunto do MASP, Denis Molino, faz parte da programação do Carrefour para o Ano da França no Brasil.

No curso será discutido um leque amplo de temas. A tradição pictórica da Escola de Belas Artes até Ingres e o romantismo de Delacroix são o assunto da primeira aula; já a segunda, trata das transformações técnicas e das questões políticas do Realismo que proliferam em muita pintura posterior; a variedade de estilos e de procedimentos impressionistas compõe o tema da terceira aula; o Simbolismo, como recusa tanto do Impressionismo quanto da arte oficial acadêmica, fecha o primeiro mês de curso.

O mês de junho começa tratando de artistas impressionistas, com suas pesquisas voltadas para a cor simbólica e emocional como Van Gogh, interessadas na fusão da arte com a ciência como Seurat e Signac, e ainda dirigidas para o submundo parisiense como Toulouse-Lautrec.

As três aulas finais abordam movimentos da Vanguarda artística do século XX. Discute-se a obra cubista de Picasso e Braque que, fundindo Cézanne e escultura africana, revigora a arte européia; estuda-se ainda Matisse e os chamados “Fauves”, pois, em oposição à frieza analítica do Cubismo, propõem a autonomia da cor. O curso termina com o Surrealismo, possivelmente o último momento de euforia e delírio coletivo da modernidade em que participam elementos diversos como a psicanálise de Freud, a teoria de Marx, a poesia de Rimbaud e de Lautréamont.

PROGRAMA:
4 de maio: Duas balizas da arte francesa moderna: Delacroix e Ingres.
1. Referências em Rafael e Rubens; 2. Delacroix: gesto, cor e história; 3. Ingres: a escola da linha e a tradição pictórica construtiva de David.

11 de maio: Realismo: ruptura e pastiche.
1. Courbet: euforia e arte engajada; 2. Daumier: temática social; 3. A “Olympia” de Manet: sátira e atualização de Vênus.

18 de maio: Impressionismo: estilo e técnica.
1. Monet como mestre do Impressionismo. 2. Investigação da luz e da diluição da forma; 3. O decorativismo de Renoir. 4. Cézanne: a ossatura da pintura.

25 de maio: Simbolismo e arte sugestiva.
1. Seres fantásticos de Odilon Redon; 2. A revivescência da pintura mitológica em Gustave Moreau; 3. O grupo dos Nabis: Denis, Bonnard, etc.

1o de junho: Pós-impressionismo de Van Gogh a Toulouse-Lautrec.
1. Van Gogh em Paris; 2. Van Gogh e Gauguin em Arles; 3. Toulouse-Lautrec: figuração dos Cabarés. 4. O pontilhismo de Signac.

8 de junho: De Picasso a Braque: o bricabraque cubista.
1. Máscara africana e Cézanne; 2. Perspectivação cubista; 3. Análise e síntese da forma.

15 de junho: Matisse e as feras da cor.
1. Corpo, cor, espaço na obra de Matisse; 2. Derain e Vlaminck: paisagem fauvista.

22 de junho: Surrealismo: o sonho como fundamento da arte.
1. Surrealismo e Revolução; 2. Breton e Max Ernst; 3. o Surrealismo europeu: Miro, De Chirico, Dali.

Agenda:
Curso: Do Realismo ao Surrealismo: a arte francesa moderna
Local: Instituto Carrefour – Rua Paul Valéry, 255 – 2º Portaria (Granja Julieta)
Horário: 19h às 21h
Reservas e Inscrições pelos telefones 5180-4622 / 5180-4625 ou pelo e-mail: comunicação@carrefour.com
Entrada franca. Vagas limitadas

Sobre o Carrefour
Há 34 anos no Brasil, o Grupo Carrefour é reconhecido como empresa pioneira no mercado varejista do País. Hoje a rede conta com unidades em 17 Estados, atuando com diversos formatos de lojas e uma oferta de serviços que inclui postos de combustíveis, drogarias, serviços financeiros, turismo, entre outros. O grupo é líder de mercado no setor supermercadista, com 65 mil funcionários, sendo um dos maiores empregadores do mercado nacional. No mundo, o Grupo é o segundo maior varejista do mercado, presente em 30 países.

Exposição New York Hotel Story



Na Sé, fotografia da canadense Nathalie Daoust conta história de hotel que virou mito em Nova Iorque

O Hotel Carlton Arms é uma instituição cultural conhecida internacionalmente por seus quartos artísticos temáticos. Imagens desta lenda nova-iorquina estão na exposição documental “A New York Hotel Story”, da fotógrafa canadense Nathalie Daoust, que a CAIXA Cultural (Praça da Sé, 111) promoverá, de 09 de maio a 21 de junho. A entrada é franca.

A mostra, com curadoria de João Kulcsár, tem apoio do Consulado Geral do Canadá em São Paulo e é composta por 17 fotografias coloridas. As imagens já foram exibidas em cidades como Berlin, Barcelona, Paris, Bruges (Bélgica), Basel (Suíça), Santiago (Chile) e na própria Nova Iorque, entre outras. A história do hotel foi publicada em livro e é um trabalho intenso e original, exibido e reconhecido em mais de 12 países. Agora, será a vez do público de São Paulo de “conviver” com o local e seus personagens estranhos, porém, deliciosos.



A relação de Daoust com o Carlton Arms teve início em 1997, quando a fotógrafa foi convidada para criar um quarto temático no local. Mesmo após ter concluído o trabalho, Nathalie permaneceu ali por uns dois anos, movendo-se de quarto para quarto, imergindo completamente no tema de cada um, explorando o universo de cada artista que os criou e comunicando então seus sentimentos com a fotografia.

A leveza e o intimismo, misturados a uma forte dose de non-sense e revelados no instigante trabalho fotográfico Hotel Story, dão a sensação de um instante ocorrido em algum ambiente de teatro, compara o curador João Kulcsár. “Não no decorrer de alguma das suas cenas de apresentação no palco e sim em um daqueles momentos de descontração, de descanso entre um ato e outro nos bastidores.”

Kulcsár ressalta que suas fotografias, de uma forma ou de outra, evidenciam mais o aspecto do sentir, do que o de ser. Ou seja, em algumas imagens ela retrata mais o estado de espírito, o humor de uma modelo ou atriz e não o que ela é ou representa. Noutras, realiza fotografias nas quais se que se vislumbra apenas uma quieta atmosfera de um quarto sem pessoas, em que fica em destaque somente o aspecto sentimental de um ambiente vazio. “Decididamente, suas imagens assemelham-se mais a retratos do íntimo, como se fossem imagens de um pensamento passageiro, ou de um desejo, ou de uma tristeza, de uma alegria, enfim, a plasticidade de um momento íntimo, sentimental”, completa.

A exposição “A New York Hotel Story” ficará em cartaz na CAIXA Cultural (Praça da Sé, 111) de 09 de maio a 21 de junho. O horário de visitação é de terça a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca. Mais informações podem ser obtidas pelo público através do telefone (11) 3321-4400 ou no site www.caixa.gov.br/caixacultural.

Para saber mais sobre a fotógrafa Nathalie Daoust, visite os sites www.daoustnathalie.com e www.newyorkhotelstory.com.