17.11.11
Alex Flemming mostra colagens e desenhos
Uma exposição exclusivamente de trabalhos sobre papel que o artista brasileiro Alex Flemming produziu ao longo de muitos anos de trabalho, e que nunca antes foram expostas.
A proposta de expor somente esses "exercícios de caligrafia plástica" – na verdade um desejo que o artista acalenta há algum tempo – foi abraçada pela Quadrum Galeria, de Belo Horizonte, que inaugura no dia 1º de dezembro a mostra com 35 obras de colagens e desenhos.
Com curadoria de Vitor Mizael, o artista traz da Alemanha obras sobre papel, todas elas inéditas, produzidas ao longo de diferentes épocas. Muitas delas utilizam tanto a técnica da colagem quanto o do desenho, e em muitas outras o fundamental é a presença de letras, elemento importante e sempre presente em sua obra desde a criação de seu trabalho mais conhecido, o painel da Estação Sumaré do Metrô de São Paulo.
Outro elemento constante na obra ao artista é o corpo humano. Para Flemming, o corpo humano é a medida de todo o Universo, sendo portanto algo intrinsecamente bom, belo e saudável.
A exposição na Quadrum Galeria permanece aberta até o dia 23 de dezembro.
Serviço
Alex Flemming – Colagens & Desenhos
De 1º a 23/12/2011
Abertura da Exposição:
1º de dezembro – das 19h às 22h
Visitação de 2/12/2011 a 23/12/2011
Segunda a sexta, das 12h às 19h; sábados, das 10h às 14h
Local:
Quadrum Galeria, Belo Horizonte
Avenida Prudente de Morais, 78, Cidade Jardim
(31) 3296-4866
Curadoria: Vitor Mizael
Perfil do Artista
ALEX FLEMMING
Em 2010, ele foi escolhido pela Loteria Federal para retratar o bilhete em homenagem ao Dia do Artista Plástico.
Diariamente milhares de usuários do Metrô de São Paulo observam o gigantesco painel de fotografias e poesia brasileira que ocupa toda a plataforma da estação Sumaré.
Filho de um comandante e de uma aeromoça, Alex Flemming circula por diversas mídias e mantém seus radares sempre em alerta para a descoberta de novos elementos para suas obras que privilegiam o corpo, a religiosidade e o Brasil.
Flemming sempre viu e entendeu sua arte como um gesto político, sem nunca porém perder o ponto de vista poético, estético e simbólico em sua obra. Como exemplo, podemos citar desde sua primeira série “Natureza Morta” de 1978, onde denuncia os horrores da tortura durante os anos de chumbo no Brasil, passando pelos seus inquietantes “Body-Builders” onde ciclópicos corpos tatuados com mapas de zonas de guerra nos fazem questionar os limites das ideologias políticas, até a série “Flying Carpets”, onde, num hai-kai plástico, Flemming fala sobre os atentados de 11 de setembro e nos diz que Ocidente e Oriente não podem mais serem separados um do outro, um louvor tanto à tecnologia ocidental que produz um avião quanto à cultura árabe, através da tradição milenar de seus tapetes.
As sutis metáforas que o artista emprega em sua obra dão a exata dimensão da mensagem a ser passada ao olhar atento do espectador. Flemming também a usou quando refletiu, em “Flying Carpets”, as conseqüências do trágico ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, nos Estados Unidos, naquele 11 de setembro.
Com grande destaque nas áreas de fotografia, pintura e objetos, Flemming tornou-se um dos artistas brasileiros contemporâneos mais respeitados no Exterior, por onde circula desde a primeira infância. Ele já morou em diversos países e acabou se confrontando com diversas culturas. Antes de se instalar em Berlim, viveu em São Paulo, Nova York e Lisboa. Mesmo com todo seu cosmopolitismo (ou talvez exatamente por isso), Alex Flemming deixa claro que é e sempre será um artista brasileiro, um artista viajante brasileiro.
Reconhecido entre colecionadores e amantes das artes do país, Flemming começou a ganhar destaque internacional em 1983, quando estreou sua mostra na Galeria Metronom, em Barcelona, ao mesmo tempo em que marcava presença na Bienal de São Paulo, onde voltou a expor oito anos depois como artista convidado. A partir daí tem alternado exposições no Brasil e no exterior e logo apresentou seus trabalhos em locais como Latino Arts Coalition, de Chicago (EUA), Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa (Portugal), e Bienal de Havana (Cuba).
Entre os anos de 1992 e 1995, Flemming dedicou-se apenas ao cenário internacional, expondo nas galerias alemãs Tammen & Busch (Berlim), Tabea Langenkamp (Dusseldorf) e Lutz Tetloff (Colonia) e em países como Holanda, Noruega e Hungria. Voltou ao Brasil em 1996, marcando presença no Museu de Arte de São Paulo e, no ano seguinte, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Logo depois foi artista convidado da Expo 2000 de Hannover, apresentando-se no Pavilhão da Alemanha.
Em suas mais de três décadas de carreira, o artista paulistano já teve centenas de participações em exposições coletivas e suas obras foram publicadas em diversos cantos do mundo. Individualmente, Alex Flemming já realizou inúmeras exposições individuais em várias cidades do Brasil e do exterior, como São Paulo, Rio de Janeiro, Washington, Tel Aviv, Berlin, Düsseldorf, Colonia, Lisboa, Amsterdam e Sydney, entre outras.
Postado por Paulo R. Lisboa às 3:11 PM
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