27.9.09

Uso da marca como ferramenta de aproximação


No mercado de comunicação, toda empresa, em qualquer nível de atuação, seja ela local ou mundial, sabe da importância da criação e construção de uma marca sólida. Aqui não falarei sobre construção de marca, mas apenas uma parte desse processo que é a construção do Nome (Naming) e a construção do Logotipo (forma gráfica/visual).

Como exemplo, usarei o caso de um grupo de cristãos que se reuniam para louvar a Deus em suas casas, sob o nome de Sótão.

Primeiro passo:
Busca por um nome que os identifique. Uma palavra, com uma sonoridade com uma boa defesa do motivo de transformar essa palavra numa marca.

Sótão:
O sótão é o lugar onde Jesus escolheu para passar seus últimos momentos com seus discípulos. A ceia é celebrada até os nossos dias conforme o mandamento que Jesus nos deixou em memória dele mesmo e o Sótão foi o lugar onde Jesus.

Lugar de Oração Daniel 6:10, Lugar de Ressurreição 1 Reis 17:19-22, Lugar de Conforto. 2 Reis 4:9,10, Lugar de Profecia.” 2 Reis 4:15-17, Lugar de Comunhão Lucas 22:12, Lugar da Descida do Espírito Santo Atos 2:2

Segundo passo:
Elementos do contexto para a construção dessa marca, como cores, formas, texturas, ideais que fortalecem o nome escolhido.

Tendo a defesa do nome e uma defesa para o nome, a idéia é partir para a criação do que chamo de mural-inspiração. Um painel com imagens comuns ao texto e elementos visuais comuns, usados em nosso dia-a-dia. Assim como cores, tipografia e ícones, pois neste momento tudo é referência para posterior uso etc.

O principal objetivo aqui é descobrir o que é muito óbvio (deixaria a marca sem expressão e sem personalidade), e verificar elementos que podem valorizar a construção gráfica.

Palavras e imagens nos dão um norte para começar os primeiros rabiscos. Palavras como bíblia, coração, fogo e cruz, tudo isso parece muito óbvio. A busca deveria seguir por algo mais atual para a formação de um símbolo mais moderno do cristianismo.

Uma primeira versão foi criada, de forma a usar elementos que aproxime a reunião de oração e o povo, evitando uma possível barreira religiosa, colocando apenas o uso da Cruz como elemento gráfico.

Criação visual
Elementos visuais, estudos de formas e tipografia

Fonte: Trajan, uma fonte clássica que se apropria das serifas pra trazer personalidade ao logotipo. O uo de fonte com serifa que traz à ente a tradição cristã.

Cores: Ausência de cor, com o uso do preto como base. O preto clássico, a tradição novamente.

Elementos gráficos:
Cruz ao centro, sempre nos levando o pensamento ao centro da vida cristã e de nossa existência, a Cruz. Seu significado por si só já representa o interessa e o assunto do logotipo e está claramente apresentando um grupo cristão.

Composição: Outra referência, mais sutil, mas óbvia, é o uso da cruz ao centro, e o espaçamento das letras sugerindo uma casa ou um espaço onde as pessoas se reúnem em torno da cruz.


Adequação ao público
Revendo o uso gráfico e evolução da marca.

Depois de alguns anos usando o primeiro logotipo, o grupo sentiu necessidade de aplicar o logotipo em um site, com uma nova proposta. Levar arte, textos e relevância bíblica e cultural a todos através da web. Por esse motivo o logo precisou passar por uma adaptação.

A nova proposta é de modernização, uma evolução natural e que conversa diretamente com um publico mais jovem e mais digital.



Defesa de criação
Após ter a marca criada, podemos olhar e verificar a intensidade de cada item, formando um único grupo visual.

1- S quebrado: representa a ruptura com o antigo, uma quebra de modelos e usos-e-costumes, porém ser perder a visão bíblica que está totalmente presente.
2- Cruz – sempre ao centro
3- Diagonal – Uso da diagonal, sugerindo mais dinamismo e velocidade como uma urgência em aplicar o evangelho.

"Criação: Fábio Borgatto Borges e Alexandre Seloti"

Bacharel em Design. MBA em Gestão de Marcas Participou do curso de Linguagem das Artes pela Universidade de São Paulo. É designer multidisciplinar há 9 anos. Prêmios: FILE, Prêmio Abemd de Marketing Direto e Prêmio iBest em diversas categorias. Expôs projetos experimentais de Fotografia e Ilustração no Paço das Artes (USP), na Bienal de Design Gráfico e Mostra Coletiva de novos artistas. Atualmente atua como diretor de arte em mídias digitais, design gráfico e na fotografia.

1 comment:

Anonymous said...

Não fazia idéia que havia tantos elemenros envolvidos na criação de uma logomarca. Muito bom!