7.7.11

Clint Eastwood está na capa da ALFA de julho

Em entrevista exclusiva ele se prepara para lançar o 35º filme e garante que aos 81 anos não vai parar

A edição de julho da revista ALFA traz na capa uma lenda viva do cinema e um dos mais robustos e saudáveis octogenários que se pode encontrar, Clint Eastwood. Ele foi entrevistado com exclusividade pela edição em um perfil de Harold Von Kursk. A matéria de capa compõe o Guia ALFA Para Viver Mais e Melhor, que conta com depoimentos exclusivos de Emerson Fittipaldi, Abílio Diniz, entre outros. Aos 81 anos, Eastwood é exemplo de vigor e parece ter encontrado a fórmula para atrasar o relógio, sempre olhando adiante. “Quando você envelhece, pode tornar-se introvertido e ficar nostálgico por coisas que fez ou não durante a vida ou tentar crescer e tornar-se um ser humano melhor. Sempre estive aberto à mudança e em sincronia com a evolução do mundo. Penso que os 60 e 70 podem ser os melhores anos desde que você mude ou evolua. Quando você alcança essa idade, aprendeu tanto e sua perspectiva se aprofundou tanto que somente um bobo não se beneficiaria desse conhecimento”, afirma.

Com um currículo de 35 filmes como diretor e outros 66 como ator, na última década Eastwood provou sua supremacia dirigindo filmes como Sobre Meninos e Lobos e Menina de Ouro, o último lhe rendeu o Oscar de melhor diretor. Em 2009, o Festival de Cannes lhe concedeu uma Palma de Ouro especial como “grande mestre em sua arte”. O ator fala à revista que, muito mais do que na carreira, sua felicidade está alicerçada na família. Eastwood é casado com a jornalista Dina Ruiz, de 45 anos e pai de Morgan, 14 anos e talvez tenha encontrado na mulher e filha a fonte para tanto vigor. “Meu trabalho tem sido importante, mas levei um longo tempo para encontrar uma verdadeira companheira. Hoje minha mulher representa a felicidade e é nesse campo que me sinto mais bem sucedido. Sabe, aquele monte de rifles e revólveres impediu que as pessoas enxergassem em mim um romântico”, diz.

Eastwood acaba de completar as filmagens do seu 35º filme J.Edgar, seu filme sobre a vida do diretor de FBI J. Edgar Hoover, interpretado por Leonardo Di Caprio. Essa pode ser uma das obras mais importantes da sua carreira, embora ele não tenha realizado com essa intenção. “Geralmente, me sinto satisfeito com o filme no qual estou trabalhando ou pensando em fazer em seguida. Tento fazer coisas diferentes. É a única forma de me manter ativo e jovem”, explica. Eastwood revela que tem como referência o diretor português Manoel Oliveira. “É preciso estar faminto e curioso com a vida para que a sua mente não seja levada a um estado de senilidade. Olho para o trabalho de Manoel Oliveira, que tem 103 anos e ainda parece um homem de 60. Quando o encontrei em um evento, anos atrás, tive vontade de perguntar: ‘Qual a sua dieta, senhor? Que uísque o senhor bebe?”, ele brinca.

Embora admita alguns reflexos da idade, o ator e diretor não se considera um homem velho. “O corpo se queixa, às vezes as costas doem, mas não me sinto muito diferente hoje em termos de energia para trabalhar do que há 40 anos, quando rodei o meu primeiro filme. Sinto que ainda tenho muito a fazer”. E sumariza seu eterno engajamento com a vida. “Se você desfruta do que está fazendo e continua aprendendo, permanece vivo. Os anos não significam nada. É preciso estar ativo, ocupado. Não estou pronto para sentar perto de um rio, com uma cerveja na mão, pensando no passado. Ainda há muito por conquistar”, finaliza Eastwood.

1 comment:

Anonymous said...

Sou suspeita para comentar, pois sou admiradora apaixonada pelo ator.
Bela entrevista ele deu à Revista Alfa.
Peço a Deus que dê muita saúde ao Clint, para que possa continuar nos presenteando com o seu belo trabalho.