8.5.12

Globo Livros Graphics lança "Scarface" em graphic novel


Adaptação da obra noir de Arminage Trail apresenta o famoso personagem Tony Guarino em graphic novel 

Escrito no final dos anos 1920, Scarface é um grande romance noir, precursor da idade de ouro do gênero. Trata da história de Tony Guarino, que depois de ser treinado pelo governo em todos os ramos da arte do assassinato é liberado com um diploma de bom soldado. Tony volta à cena com um novo rosto e uma porção de ideias que serão colocadas em prática em detrimento da comunidade.

O personagem Tony Guarino, mundialmente conhecido por seu apelido Scarface – devido a uma longa cicatriz no lado esquerdo do rosto –, foi inspirado no gangster Al Capone, embora Armitage Trail nunca tenha se encontrado pessoalmente com ele. A história de Trail, ilustrada aqui com primor gráfico e características noir por Christian de Metter, serviu de base aos filmes Scarface – A vergonha de uma nação, dirigido por Howard Hawks, em 1932, e Scarface, dirigido em 1983 por Brian de Palma, e no qual Al Pacino imortalizou o personagem. Ambos são considerados obras-primas incontestáveis do gênero “filme de gângster”.

Os autores 
Armitage Trail, cujo nome real era Maurice Coons, abandonou a escola aos dezesseis anos para se dedicar à escrita. Aos vinte anos, sob diferentes pseudônimos, vendeu suas histórias e passou a redigir o conteúdo de várias revistas policiais. É Chicago que alimentará o universo de seu romance Scarface, no qual ele descreve as gangues e os bairros mal afamados da cidade. Depois de se mudar para Nova York, e em seguida para Hollywood, para escrever filmes, morreu aos vinte e oito anos, de ataque cardíaco. O décimo terceiro convidado (The Thirteenth Guest – 1929) é seu único outro romance.

Christian de Metter desenhava para publicações de rock e rendeu-se à HQ em 2000, com seu primeiro álbum, Emma (Éditions Triskel). Aprofundou esse universo gráfico tão peculiar em seus álbuns seguintes, Dusk, Le Curé e Swinging London. Em 2004 recebeu o prêmio do público de melhor álbum do festival de Angoulême por Le Sang des Valentines. Seus últimos trabalhos publicados na Casterman (Vers le démon; Figurec; L’oeil était dans la tombe; Marilyn, de l’autre côté du miroir) confirmaram seu talento de desenhista e seu domínio das tramas complexas, dignas dos melhores romances noir. Assim como sua notável adaptação do best-seller de Dennis Lehane, Ilha do Medo, pela qual ganhou o prêmio dos livreiros de HQ em 2009.

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