11.5.10

Carybé e a história da escultura brasileira são temas de lançamentos no Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil terá nesta quinta-feira, a partir das 19 horas, um lançamento duplo de obras ligadas às artes visuais: “As Artes de Carybé” e “De Valentim a Valentim – a escultura brasileira – Século XVIII ao XX”, editados pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Museu Afro Brasil. O endereço do Museu Afro Brasil é Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, Parque do Ibirapuera, Portão 10. A entrada é franca.



As Artes de Carybé
Famoso em todo o mundo como Carybé, o pintor, ilustrador, desenhista, ceramista, escultor, pesquisador, historiador e jornalista Hector Julio Paride Bernabó tem sua genialidade associada à Bahia, cuja essência soube sintetizar em desenhos, aquarelas, esculturas e grandes murais. Argentino de nascimento e baiano por opção, Carybé foi um dos mais produtivos e inquietos artistas que a Bahia abrigou. Agora sua trajetória ganha um livro, “As Artes de Carybé”, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, em parceria com os institutos Afro Brasil e Carybé.

Organizada por Emanoel Araujo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, a obra bilíngue – português e espanhol – apresenta reproduções de pinturas, desenhos e ilustrações e fotos de esculturas e murais, além de esboços que marcaram a arte brasileira do século XX. Os trabalhos apresentados no livro são entremeados por diversos textos de pessoas com quem conviveu, como Jorge Amado, Rubem Braga e José Cláudio da Silva. Há ainda uma poesia de Vinícuis de Moraes em homenagem ao artista. “As artes de Carybé” tem em seu final toda a cronologia de vida e obra do artista e suas exposições individuais e coletivas.



De Valentim a Valentim
A obra “De Valentim a Valentim – a escultura brasileira – Século XVIII ao XX”, de Mayra Laudanna e Emanoel Araujo, conduz o leitor a uma viagem por mais de 200 anos, do rococó carioca até a escultura geométrica, desde o mineiro Mestre Valentim, nascido em 1745, até o baiano Rubem Valentim (1922 a 1991). São registros que remontam à chegada da Missão Artística Francesa e percorrem fatos e momentos importantes como as atividades da Academia Imperial de Belas Artes e Liceu de Artes e Ofícios, as visitas de escultores italianos a São Paulo e o modernismo. A obra tem 448 páginas ricamente ilustradas.

Fruto de intensa pesquisa, o livro tem textos sobre cada um dos escultores retratados. Alguns, encontrados em museus, acervos, bibliotecas ou em jornais de época, muitas vezes assinados pelos próprios artistas. Os outros, com breves cronologias, foram produzidos pelos autores. Como ilustração, as obras expostas no Museu Afro Brasil, em março de 2009, que retratam não só a história da escultura brasileira, mas também a de escultores europeus que estiveram no Brasil e por aqui deixaram sua marca. Os trabalhos pertencem hoje aos acervos do Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, Museu Mariano Procópio de Minas Gerais e a colecionadores particulares de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Há ainda fotografias de monumentos públicos e tumulares. No total, 350 obras estão fotografadas.

Entre os outros escultores retratados estão Rodolfo Bernardelli, De Chirico, Nicola Rollo, Adolfo Rollo, Honório Peçanha, Arlindo Castellani, Menotti Del Picchia, Victor Brecheret, Antonio Gomide, Galileo Emendabili, Lelio Coluccini, Celso Antônio, Ernesto de Fiori, Francisco Brennand, Frans Krajcberg, Mario Cravo Júnior e Carybé.

No comments: