26.8.10

Exposição Ouros de Eldorado na Pinacoteca encerra com recorde de público


A exposição Ouros de Eldorado: Arte Pré-Hispânica da Colômbia foi vista por 92 mil visitantes na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Um número recorde, posicionando a mostra entre as mais visitadas. Só na última semana, de 15 a 22 de agosto, um público estimado em 11 mil pessoas prestigiou a exposição.

Esta foi a primeira vez que o Brasil recebeu parte do acervo do Museo del Oro, de Bogotá. A coleção é considerada a mais importante de ourivesaria pré-hispânica do mundo. Para a Pinacoteca, foram disponibilizados 250 artefatos em ouro e 40 objetos arqueológicos de cerâmica divididos em quatro grandes salas que também exibiam vídeos sobre os diferentes processos de ourivesaria.

A abertura da exposição teve a presença da diretora do Museo del Oro, Clara Botero, que ministrou palestra para um auditório lotado. “O Museo del Oro tem umas das mais impressionantes coleções de ourivesaria pré-hispânica do mundo e para nós foi um prazer dividir esta riqueza com o público brasileiro”, afirmou a diretora.

O encerramento da exposição foi marcado por um jantar exclusivo na Pinacoteca, promovido pela Proexport Colômbia e a grife MOB. A marca aproveitou a ocasião para lançar seu catálogo de verão 2011, produzido em Cartagena, uma das mais belas cidades do Caribe colombiano.


A mostra abrangia onze temas distintos, entre eles, a Gente Dourada (termo atribuído aos chefes indígenas que cobertos de ouro em pó lançavam oferendas em uma lagoa às divindades), Animais Fantásticos (largamente explorados nas produções dos ourives pré-hispânicos), Abstração e Natureza (que se inspira na variada fauna colombiana) e Universo das Formas (um universo visual de imensa riqueza a partir de elementos como a linha reta, o círculo, o quadrado, o triângulo, o espiral, e suas combinações, deformações, reinterpretações e suas projeções no espaço).

Sobre o Museo del Oro
O Museo del Oro tem cerca de 52 mil objetos pré-colombianos, pelo menos 33,8 mil de ourivesaria, 13 mil de cerâmica e 5,2 mil de madeira, pedra ou tecido que datam de até quase 2,5 mil anos. Inaugurado em 1939, o primeiro artefato da coleção foi um recipiente em ouro utilizado para guardar cal e também em rituais nos quais a cal era misturada à folha de coca para mascar. Esta peça, um dos destaques da exposição em São Paulo, tem 24,5 X 7,2 cm e é proveniente do Médio Rio Cauca, Cultura Quimbaya 500 a.C. – 700 d.C.

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