2.9.10

Exposição Epidemik terá entrada franca neste sábado

Com a chegada do feriado prolongado, uma dica de passeio cultural na cidade de São Paulo é a exposição francesa Epidemik, que terá entrada gratuita neste sábado, dia 4. Em cartaz na Estação Ciência até 26 de setembro, a mostra conta a história das principais epidemias mundiais e alerta sobre a importância do papel de cada cidadão diante dessas situações de crise. Um videogame coletivo, onde 40 pessoas podem simular simultaneamente o enfrentamento de cinco epidemias, está entre as atrações.

A iniciativa é resultado de uma parceria entre a sanofi-aventis e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), concretizada graças ao apoio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e de fundos diretos viabilizados pelo Grupo sanofi-aventis.

Considerada uma das mais originais exposições culturais já realizadas sobre tema das epidemias no mundo, Epidemik foi originalmente criada pelo Museu La Cité des sciences et de l'industrie/Universcience, de La Villette, em Paris.

Na capital paulista, o projeto conta ainda com a co-realização da Estação Ciência, da Universidade de São Paulo, do Instituto Butantan, além do apoio da Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Estadual de Cultura.

A exposição é dividida em dois blocos. Seis documentários projetados em um afresco de 19 metros de largura e 30 depoimentos em vídeo de várias partes do mundo compõem a primeira ala da exposição, na qual se pode percorrer a história milenar dos homens e das epidemias, fazendo uma retrospectiva do tema desde o período Neolítico, passando pela Antiguidade, a Idade Média e a Revolução Industrial, até os dias atuais. Obras de artistas franceses servem de fio condutor para traçar uma linha do tempo e situar as diferentes epidemias ao longo dos séculos. Já obras brasileiras do acervo da Mapoteca da Biblioteca Nacional, do Museu do Exército, da Fiocruz e do Instituto Butantan resgatam momentos marcantes da história das epidemias no país.

Com uma forte perspectiva social, os vídeos e filmes revelam as dúvidas, angústias e experiências dos principais protagonistas das maiores crises epidêmicas que o mundo já viveu: como o de uma sobrevivente da gripe espanhola, de 1918, ou de mulheres africanas que sofrem da doença do sono, sempre com ênfase nas relações entre o homem e o meio ambiente, interligando aspectos biológicos e culturais.
Tecnologia e informação

Para que o visitante tenha um entendimento mais profundo do impacto das várias epidemias ocorridas ao longo dos séculos sobre a humanidade, o segundo bloco traz um videogame coletivo onde 40 pessoas podem simular, ao mesmo tempo, o enfrentamento de crises epidêmicas. O objetivo é mostrar os desafios que uma epidemia pode impor à sociedade e permitir a cada cidadão entender o seu papel na prevenção de situações de calamidade.

O videogame, desenvolvido com tecnologia inédita pela francesa Stratosphère, que tem no currículo trabalhos na Ponte Charles de Gaulle e no Palais des Congrès de Paris, apresenta cinco cenários de epidemia, conhecidos ou fictícios: atentado bioterrorista de peste pulmonar em Nova Iorque, gripe pandêmica em Cingapura, AIDS em Paris, Moscou e Rio de Janeiro e Malária em Bamako, na África.

Um quinto jogo, sobre a epidemia de Dengue no Rio de Janeiro em 2008, foi especialmente desenvolvido para o Brasil, com conteúdo e iconografia preparados por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz.

Ao pisar no tabuleiro, cada jogador recebe uma aura individual projetada no solo que o acompanha durante toda a simulação e vai indicando seu estado de saúde em função das atitudes preventivas que assume ou de providências que toma para se tratar, sempre orientados por uma tela de 11 metros de largura.

Cada cenário dura em média 20 minutos.

Orientação e Acessibilidade
A exposição apresenta conteúdo e legendas em português, francês e espanhol. No jogo, a locução é em português, com legendas igualmente trilingue. Monitores especialmente treinados auxiliam os participantes durante o jogo, que também é acessível a cadeirantes.

Um vídeo elaborado especialmente para deficientes auditivos retrata a questão das epidemias em um filme totalmente produzido em linguagem de sinais.

Da França com toque brasileiro
A exposição original teve o suporte de um comitê curador formado por renomados cientistas franceses, de instituições reconhecidas mundialmente como o Instituto Pasteur e o Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm), entre os quais epidemiologistas, imunologistas, sanitaristas, sociólogos, engenheiros e antropólogos.

No Brasil, a exposição integrou o calendário das atividades culturais do ano da França no Brasil, em 2009. Com acervo original da exposição francesa, a mostra também incorpora temas diretamente ligados à realidade da população do país, com depoimentos locais, materiais sobre dengue, meningite, Aids, hanseníase, tuberculose, febre amarela, e uma reportagem especial sobre Doença de Chagas entre outros conteúdos desenvolvidos pela Fiocruz, com o apoio do Instituto Butantan. A versão brasileira de Epidemik tem como coordenador geral o diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde e ex- presidente da Fiocruz, Paulo Buss. Já a curadoria no Brasil é de responsabilidade da antropóloga da Fundação Gisele Catel.

Box Serviço
Exposição Epidemik: O Impacto das Epidemias na sociedade ao longo dos séculos
Data: 2 de julho a 26 de setembro de 2010
Horário de Visitação: 3ª a 6ª, das 8h às 18h
Sábado, domingo e feriado: das 9h às 18 h
Fechamento do portão para ingresso: 17h30. A Estação Ciência fecha nos feriados que caem às segundas-feiras.
Informações: (11)-3672-5364 ou 3675-6889.
Ingressos: R$ 4,00
Meia entrada: estudantes (com comprovação) e portadores de necessidades especiais
Isentos: professores (com comprovação), monitor, agente ou guia de turismo (com registro Embratur), comunidade USP – com carteirinha válida na catraca, menores de 6 anos e maiores de 60 anos.
Dias com entrada gratuita para todos: primeiro sábado e terceiro domingo de cada mês
Solicitação de isenção para grupos: escolas públicas, entidades assistenciais e projetos sem fins lucrativos podem enviar solicitação de isenção de ingresso para secretaria@eciencia.usp.br
Endereço: Rua Guaicurus, 1394, Lapa – São Paulo – Sp – www.eciencia.usp.br

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