18.10.10

Fundação Stickel promove curso de fotografia para deficientes visuais

Com o objetivo de aliar capacitação profissional à inclusão social de pessoas com deficiência, a Fundação Stickel, entidade que atua na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, promoverá um curso que possibilitará que deficientes visuais aprendam a fotografar. As inscrições são gratuitas e estão abertas.

O Projeto 24 Horas de Olhar Universal será realizado a partir do dia 25, por meio de uma parceria com a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O ponto de partida para iniciar os deficientes visuais na arte de fotografar será juntá-los em duplas com alunos sem deficiência, que por sua vez aprenderão métodos especiais para descrever as paisagens à sua frente, a fim de que possam auxiliar os colegas. Vale ressaltar que todos terão condições de avaliar o resultado de seus trabalhos, já que algumas fotos serão reveladas com texturas por meio de um método especial criado pela WG Produto.

Um dos professores do curso é o fotógrafo e jornalista Teco Barbeiro, que é deficiente visual e atuou recentemente na campanha publicitária da ADD (Associação Desportiva para Deficientes). “Pretendo ensiná-los como usar os outros sentidos. Mostrar que é possível fotografar sem enxergar e que a fotografia é uma forma de inclusão social”, afirma Barbeiro.

Os participantes também trocarão experiências com o renomado fotógrafo Arnaldo Pappalardo e a formação em áudio-descrição será fornecida pela professora Lívia Maria Villela de Mello Motta, doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, que atua tanto na área de treinamento de professores para a escola inclusiva como na inclusão cultural das pessoas com deficiência visual.

As inscrições podem ser feitas na Casa de Cultura da Brasilândia (Praça Benedita Cavalheiro s/n) e na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Portão 10, Barra Funda). A turma será composta por 16 alunos.

O curso será realizado até dezembro nas dependências didáticas da Fundação Stickel, na Casa de Cultura. “A ideia é fazer com que o deficiente visual também possa expressar-se por meio da construção de imagens, a partir de imagens mentais e clicando momentos diversos do cotidiano”, explicou Monica Picavêa, superintendente da Fundação Stickel.

Sobre a Fundação Stickel
Originada em 1954, por conta da atuação social e assistencial do casal Martha e Erico Stickel, a Fundação Stickel teve como proposta inicial atender crianças carentes afetadas pela tuberculose.

Posteriormente, a vocação da entidade foi revista e focada no fomento à arte contemporânea brasileira e no desenvolvimento de comunidades com altos índices de vulnerabilidade social.

Atualmente, a Fundação realiza diversas ações voltadas à promoção de trabalhos de artistas em ascensão no campo da fotografia, gravuras e outras artes, que, em contrapartida, disponibilizam seus conhecimentos aos jovens da Brasilândia, ministrando oficinas e workshops em parceria com a Fundação.

A instituição investe ainda em programas voltados à geração de renda para a comunidade da Vila Brasilândia, como o “Jovens de Talento” e “Mulheres de Talento”, possibilitando aos assistidos pelos projetos oportunidades de inserção social pelo trabalho e pelo acesso à cultura (www.fundacaostickel.org.br).

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