5.7.11

Galeria Mezanino recebe o projeto Blue Connection na Libero Badaró


Promover em Frankfurt uma exposição que migrasse para o Brasil, com obras de artistas de lá e de cá, foi ideia de Elizabeth Dorazio, artista brasileira radicada na Alemanha. A referência inicial foi a atividade do Bola de Fogo, grupo de arte coordenado por Rosângela Dorazio e Teresa Berlinck, que entre 2004 e 2007 organizou coletivas em Recife, Curitiba, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre.

O BLUE CONNECTION teve início em outubro de 2010, em Frankfurt, no espaço Familie Montez. Em São Paulo, o projeto se dará no espaço Libero Badaró com apoio da Galeria Mezanino e em Sorocaba, no Chalé Francês, atual sede do Museu de Arte Contemporânea da cidade.



Artistas alemães e brasileiros foram escolhidos por Elizabeth e Rosângela, de acordo com as afinidades de cada uma em seu país de vivência e de trabalho. Como o grupo não compartilha um idioma comum, para nomear o projeto pensou-se em uma palavra que tivesse sentidos diversos nas três línguas. Blue é azul em inglês, em alemão pode significar embriaguez; em inglês, blue também é triste, melancólico, e remete a um estilo musical; em português, dizemos que está tudo azul quando está tudo excelente, no melhor dos mundos: é o céu de brigadeiro, ideal para alçar voo.

São eles: Elizabeth Dorazio, Gil Vicente, Manoel Veiga, Max Pauer, Mirek Macke, Nikolaus Nessler, Rosângela Dorazio e Teresa Berlink.

Já que as obras escolhidas diferem nos temas, ideias e mídias (desenho, pintura, fotografia, vídeo), a conexão entre elas foi definida na montagem da exposição. Ao agrupar trabalhos diversos na mesma superfície (parede ou ambiente), definiram-se entre eles diálogos conceituais e visuais.




A proposta é de montagem coletiva, com os artistas participantes e as equipes dos espaços e instituições sedes trabalhando em conjunto. Essa prática conecta os trabalhos formal e conceitualmente. Ao aproximar um trabalho de outro, define-se tanto uma leitura visual como narrativa e surge a possibilidade de um novo diálogo entre as obras. A ideia é que, a cada nova montagem, as conexões entre artistas e obras se alterem e se reorganizem.

Diferentes significados para uma mesma palavra, diferentes configurações e leituras para as obras em exposição. As conexões passam por Frankfurt, São Paulo e Sorocaba, reunindo artistas de Frankfurt, Minas Gerais, Recife e São Paulo.

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