Abertura: 5 de agosto, às 20h – 4 de setembro de 2010
Em sua primeira individual na Galeria Nara Roesler, Raul Mourão apresenta uma série de esculturas em aço que marca um caminho totalmente novo em sua obra: o interesse pelo movimento. São peças que propõem uma nova contemplação a partir do acionamento do mecanismo cinético pelo toque do espectador.
Para Jacopo Crivelli Visconti, esta nova série de trabalhos é um desdobramento quase natural da obra de Raul Mourão pela “inevitável animação de objetos tão cheios de vida, tão próximos da vida”. Segundo o crítico, “cada vez que alguém os aciona, os balanços re-encenam a transição do concretismo para o neoconcretismo, a aparição do movimento e da interação, a corrupção da reta, parafraseando João Cabral de Melo Neto, em seu poema Coisas de Cabeceira”.
Segundo o artista carioca, tudo começou em meados de 2009, quando a companhia de teatro-dança-acrobacia Intrépida Trupe iniciou os ensaios entre as famosas esculturas da série Grades de Mourão para o espetáculo "Projeto: coleções", no qual os atores-acrobatas interagiam com obras de quatro artistas plásticos. Nos ensaios, em meio às esculturas, eles tiveram a ideia de equilibrar uma determinada peça de Mourão sobre outra, criando um movimento surpreendente num conjunto de obras fundamentalmente duro, pesado e avesso à manipulação.
A nova série segundo o artista
Um dia fui ver um ensaio e me encantei com o movimento que eles haviam criado. Voltei ao ateliê com aquela imagem na cabeça e iniciei imediatamente uma série de peças explorando essa possibilidade. Encontro-me agora no início de uma série que eu ainda não sei bem para onde vai. Existem várias peças novas já desenhadas e continuo criando compulsivamente, até porque elas se desdobram e uma coisa vai puxando outra, apontando novas direções para o trabalho. As 11 esculturas que estou apresentando são todas de 2010, o peso varia de 60 até 240 kg. Ao colocar as esculturas em movimento o espectador modifica o espaço expositivo adicionando uma real tensão ao ambiente. A circulação entre as obras fica perigosa e exige um olhar mais atento. O nome “Cuidado Quente” é um micro texto em forma de bilhetinho que eu fotografei em 1999, num botequim no Centro do Rio. Ficava dentro de uma vitrine de salgadinhos e funcionava com um discreto alerta para os pinguços não encostarem desatentos.
Raul Mourão nasceu no Rio de Janeiro e estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Sua obra abrange a produção de desenhos, esculturas, vídeos, fotografias, textos, instalações e performances. Suas peças, construídas com diversos materiais, desenvolvem um vocabulário plástico com elementos da visualidade urbana deslocados de seu contexto usual. Entre eles há referências ao esporte, à arquitetura, aos botequins e à sinalização de obras públicas.
Em sua primeira individual na Galeria Nara Roesler, Raul Mourão apresenta uma série de esculturas em aço que marca um caminho totalmente novo em sua obra: o interesse pelo movimento. São peças que propõem uma nova contemplação a partir do acionamento do mecanismo cinético pelo toque do espectador.
Para Jacopo Crivelli Visconti, esta nova série de trabalhos é um desdobramento quase natural da obra de Raul Mourão pela “inevitável animação de objetos tão cheios de vida, tão próximos da vida”. Segundo o crítico, “cada vez que alguém os aciona, os balanços re-encenam a transição do concretismo para o neoconcretismo, a aparição do movimento e da interação, a corrupção da reta, parafraseando João Cabral de Melo Neto, em seu poema Coisas de Cabeceira”.
Segundo o artista carioca, tudo começou em meados de 2009, quando a companhia de teatro-dança-acrobacia Intrépida Trupe iniciou os ensaios entre as famosas esculturas da série Grades de Mourão para o espetáculo "Projeto: coleções", no qual os atores-acrobatas interagiam com obras de quatro artistas plásticos. Nos ensaios, em meio às esculturas, eles tiveram a ideia de equilibrar uma determinada peça de Mourão sobre outra, criando um movimento surpreendente num conjunto de obras fundamentalmente duro, pesado e avesso à manipulação.
A nova série segundo o artista
Um dia fui ver um ensaio e me encantei com o movimento que eles haviam criado. Voltei ao ateliê com aquela imagem na cabeça e iniciei imediatamente uma série de peças explorando essa possibilidade. Encontro-me agora no início de uma série que eu ainda não sei bem para onde vai. Existem várias peças novas já desenhadas e continuo criando compulsivamente, até porque elas se desdobram e uma coisa vai puxando outra, apontando novas direções para o trabalho. As 11 esculturas que estou apresentando são todas de 2010, o peso varia de 60 até 240 kg. Ao colocar as esculturas em movimento o espectador modifica o espaço expositivo adicionando uma real tensão ao ambiente. A circulação entre as obras fica perigosa e exige um olhar mais atento. O nome “Cuidado Quente” é um micro texto em forma de bilhetinho que eu fotografei em 1999, num botequim no Centro do Rio. Ficava dentro de uma vitrine de salgadinhos e funcionava com um discreto alerta para os pinguços não encostarem desatentos.
Raul Mourão nasceu no Rio de Janeiro e estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Sua obra abrange a produção de desenhos, esculturas, vídeos, fotografias, textos, instalações e performances. Suas peças, construídas com diversos materiais, desenvolvem um vocabulário plástico com elementos da visualidade urbana deslocados de seu contexto usual. Entre eles há referências ao esporte, à arquitetura, aos botequins e à sinalização de obras públicas.
Exposição: CUIDADO QUENTE – Raul Mourão
Abertura: 5 de agosto, das 20h às 23h.
Até 4 de setembro; de 2° a 6° das 10h às 19h; sábado das 11h às 15h.
Galeria Nara Roesler – Av. Europa 655 – fone: 11.3063 2344
nararoesler@nararoesler.com.br / www.nararoesler.com.br
Informações sobre o artista
http://www.flickr.com/photos/raulmourao
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_Mourão
http://www.raulmourao.blogspot.com/
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