29.6.10

Evandro Carlos Jardim abre exposição no MASP e lança publicação pela Imprensa Oficial

Um caminhante que circula pela cidade de São Paulo, atento a todos os detalhes, colhendo referências e registrando suas impressões sobre lugares e figuras em pinturas, colagens e gravuras. Com esta temática e um conjunto de obras que revisita a sua série intitulada “a noite, no quarto de cima, o cruzeiro do sul, lat. sul 23º32’36”, long.w.gr. 46º37’59”, o desenhista, pintor e gravador Evandro Carlos Jardim expõe no Masp – Museu de Arte de São Paulo (Av. Paulista, 1.578), até 22 de agosto, cerca de 250 trabalhos. Em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Evandro produziu para a abertura da mostra, marcada para quinta-feira, 1º de julho, às 19 horas, uma plaquete (pequeno livro, de 26 páginas) com 20 imagens, impressa em dois tons de preto.

Com projeto gráfico do fotógrafo João Luiz Musa, a publicação reproduz algumas imagens expostas e outras gravuras inéditas produzidas pelo artista – entre essas, duas da Pinacoteca do Estado, sede anterior da Escola de Belas Artes e onde Jardim estudou. Para este trabalho, Jardim criou múltiplas possibilidades de leitura e de associação entre as imagens próximas e distantes como forma de explorar os mesmos lugares da cidade de São Paulo e seus arredores.

Já a exposição pode ser considerada uma releitura da mostra que Evandro produziu em 1973 e expôs no mesmo Masp, com curadoria de Pietro Maria Bardi. A atual tem curadoria do artista Luiz Armando Bagolin e reúne desenhos, gravuras, pinturas, fotografias, cadernos de anotações e objetos feitos ao longo destes 37 anos, pertencentes à coleção do artista e de coleções particulares. Algumas obras produzidas para a época estarão expostas, junto com outras do mesmo tema, “revistas” pelo artista.

Os textos assinados por Pietro Maria Bardi e Antonio Maluf para o catálogo da exposição de 1973 foram reeditados e “dialogam” com o atual, de Luiz Armando Bagolin.

Sobre o artista
Nascido em 1935, Evandro Carlos Jardim estudou pintura, modelagem e escultura, entre 1953 e 1958, e gravura em metal com Francesc Domingo Segura, entre 1956 e 1957, na Escola de Belas Artes de São Paulo. Paralelamente à carreira artística, é professor universitário em várias instituições, como a Escola de Belas Artes, a FAAP e a ECA-USP. Em 1987 foi convidado a coordenar ateliês livres, como o Ateliê Experimental de Gravura Francesc Domingo, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), e a Oficina de Gravura em Metal do Sesc Pompéia, ainda em atividade. Entre diversas outras exposições, participou da 9ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1967, da 2ª Jovem Arte Contemporânea do MAC-USP, em 1968, e da 38ª Bienal de Arte de Veneza, em 1976, representando o Brasil.

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