13.7.11

Oficinas Culturais do Estado lançam pacote de ações dos Projetos Especiais

As Oficinas Culturais da Secretaria de Estado da Cultura lançam um pacote de ações dos Projetos Especiais, que tem como objetivo realizar atividades culturais para pessoas com deficiência e jovens em situação de vulnerabilidade social.

Ao todo, de julho a novembro, serão oferecidas 2.120 vagas divididas em 65 atividades compostas por oficinas, palestras e workshops envolvendo 53 profissionais que atuaram ministrando atividades artísticas em vários bairros de São Paulo, em parceria com entidades, comunidades e ONGs.

Para o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, os cursos e oficinas gratuitos das Oficinas Culturais formam um dos mais importantes programas de formação cultural do Estado. “Com os Projetos Especiais, conseguimos ir além dos espaços das Oficinas, levando o conhecimento de qualidade a diferentes públicos e regiões”.
O projeto visa o contato com as mais diversas vertentes artísticas, tais como teatro, dança, canto, coral, percussão e artes plásticas, possibilitando assim, a realização de atividades culturais com uma área de atuação mais ampla e descentralizada.

As ações foram desenvolvidas a partir de novas diretrizes da Secretaria de Estado da Cultura, que recomendou a ampliação das ações culturais das Oficinas Culturais, o foco no fazer artístico, maior rigor na escolha técnica dos profissionais envolvidos na formação, justificando assim um aumento de 40% no valor do cachê dos artistas-orientadores.

A meta dos Projetos Especiais é brevemente desenvolver atividades em parcerias específicas em todas 21 unidades das Oficinas Culturais. O principal objetivo da reformulação é não segmentar o público e sim o incluir na programação cotidiana das Oficinas Culturais. Para organizar a programação inicial foram realizadas visitas técnicas nas ONGs e entidades parceiras para conhecer as estruturas dos locais que irão receber as atividades.

Além da programação de oficinas, a Coordenação do Projeto realizará, no segundo semestre, seminários e workshops de Capacitação para artistas-orientadores, agentes culturais, e interessados em trabalhar com público deficiente e jovens em vulnerabilidade social.

Na reformulação, a equipe foi reforçada e tem a coordenação da atriz e diretora teatral Fátima Antonelli, que entende que a principal meta do projeto é “ oferecer às crianças, jovens e adultos a oportunidade de experimentar as diversas formas de se expressar por meio da arte”.

Também foi montado um comitê multidisciplinar de consultores formado por Caco Mattos (ator, orientador no Programa Vocacional – Teatro Vocacional – Secretaria Municipal de Cultura, criador e curador do Projeto Acesso Livre discutindo a integração de pessoas com deficiência nas artes, acessibilidade e educação), Sofia Mathias (poeta, publicitária e psicóloga. Como escritora recebeu o prêmio Revelação em Literatura pela APCA livro De Corpos e Almas) e Patrícia Mendonça (psicóloga e especialista em gestão pública). Na área administrativa, o projeto contará com Eduardo Rocha e Roberto O. Brito.

Para Patricia Mendonça, sua participação nos Projetos Especiais vai agregar valor ao atendimento. “Nós faremos o acompanhamento e orientação dos artistas-educadores nas áreas pertinentes à Psicologia e à Gestão Pública, com uma abordagem e intervenções mais abrangentes, incluindo e difundindo conceitos administrativos contemporâneos como a Economia Criativa e sua aplicação à Cultura.”

Sofia Mathias acredita que os Projetos Especiais visam acrescentar aos participantes, uma maior interação pessoal e em grupo, não só com as atividades propostas, como também permitir a cada um dos integrantes, o reconhecimento de suas habilidades artísticas, muitas vezes adormecidas.
E Caco Mattos ressalta que o objetivo do projeto “é fomentar a capacidade das pessoas se expressarem artisticamente e não apenas aplicar um saber específico em artes, mas sim, no decorrer do projeto, estabelecer uma relação que seja uma via de mão dupla, onde todos envolvidos, a partir dessa relação, sejam os criadores de uma construção simbólica e artística.”

A coordenação geral do projeto e do processo de reformulação é de Aldo Valentim, mestre em Artes pela Unicamp e mestrando em Gestão Pública pela FGV. Atualmente coordena também o Projeto Ademar Guerra.

Serviço:
Projetos Especiais - Oficinas e workshops
Local: em diversas ONGs e instituições
Informações: www.oficinasculturais.org.br

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