Exposição no Museu da Casa Brasileira destaca os projetos que concorreram ao prêmio O Melhor da Arquitetura 2011

Até o dia 11 de dezembro, está aberta no Museu da Casa Brasileira - instituição da Secretaria da Cultura -, a exposição O Melhor da Arquitetura 2011. Promovido pela revista Arquitetura & Construção, da Editora Abril, a premiação destaca o trabalho dos projetos arquitetônicos selecionados para disputar a quarta edição do prêmio.

A mostra interessa ao visitante que aprecia a arquitetura brasileira. O Melhor da Arquitetura tem como objetivo destacar a criatividade dos profissionais, os projetos inovadores, as soluções sustentáveis, os aspectos técnicos e estéticos, além de mostrar as tendências em arquitetura e urbanismo que promovem a qualidade de vida nos espaços públicos, ambientes de trabalho, espaços comerciais e residenciais.

A exposição, que tem curadoria da redação da revista, apresenta por meio de painéis com fotografias, desenhos e textos, os 68 finalistas da quarta edição do prêmio. Os projetos arquitetônicos que serão apresentados na mostra foram construídos no Brasil entre janeiro de 2008 a 31 de maio de 2011. Foram inscritos pelos autores para concorrer nas categorias: Intervenção Urbana; Retrofit; Edifícios Institucionais Administrativo, Educação, Cultura, Saúde, Lazer; Edifícios Industriais; Edifícios Comerciais ou de Escritórios (limitados a até 4 pavimentos ou 500 m²; e acima de 4 pavimentos ou 500 m²); Escritórios; Hotelaria; Restaurantes; Casas Noturnas; Cafés, Bares etc.; Lojas e Showrooms; Condomínios Residenciais (limitados a até 5 pavimentos ou 3.000 m²; e acima de 5 pavimentos ou 3.000 m²) e Residencial (Reforma de Casa; Reforma de Apartamento; Cidade; Praia e Campo).

De acordo com Lívia Pedreira, publisher do Núcleo Casa e Construção da Editora Abril, a mostra reafirma o compromisso da revista em ampliar o espaço de discussão sobre a arquitetura no Brasil.

Projetos Finalistas
Intervenção Urbana
A Gente Transforma
Rosenbaum
Lançada em 2010, a proposta visa transformar um bairro carente da zona sul de São Paulo por meio de mutirões. Uma das ações envolveu esta área de 1000 m2, na qual moradores realizaram a pintura de casas e ajudaram a construir praças e jardins do entorno, além de uma biblioteca comunitária.

Estação Cidade Nova
JBMC Arquitetura & Urbanismo
No centro do Rio de Janeiro, perto do Sambódromo, a estação de 6.121 m2 liga duas linhas da malha metroviária. Sustentada por apenas três arcos metálicos entrelaçados, uma grande passarela coberta de 207 m de extensão transpõe a avenida e integra o sistema de trens com o de ônibus urbanos.

Portais Morro do Socó
Vigliecca & Associados
Localizada em um grande declive, ao lado de um parque ecológico e próxima de áreas de preservação, a maior favela de Osasco, SP, passa por reurbanização parcial. São 542 novas habitações, distribuídas em 30 mil m2, com prédios de tipologias diferentes que incluem espaços de lazer, comércio e instalações esportivas.

Praça Doutor Octávio de Moura Andrade
Aflalo & Gasperini Arquitetos + Purarquitetura
A estância hidromineral de Águas de São Pedro, SP, ganhou uma nova praça central, alocada numa rotatória de 70 m de diâmetro. Com 3.846 m2, ela conta com um espelho-d’água ladeado por um deck, nova vegetação e piso de pedra assentado sobre areia, o que facilita a drenagem.

Retrofit
Ageo/Copape
Athié Wohnrath
Com 1 400 m2, este galpão, construído em 1929, funciona como terminal de carga e descarga de uma empresa no Porto de Santos, SP. O edifício teve toda sua fachada revitalizada. Seguindo o padrão dos imóveis do centro da cidade, as paredes brancas e lisas deram espaço a tijolos, em referência à arquitetura do final da década de 20.

Fábrica Santa Helena
Kruchin Arquitetura
A construção de 1918 em Jacareí, SP, abrigava uma fábrica de tapetes. Embora tombada, encontrava-se deteriorada e carente de novo uso. O projeto recuperou a fachada em ruínas e inseriu um elemento inovador: a cobertura, sustentada por tesouras de aço. Hoje, o imóvel de 5.700 m2 tornou-se um entreposto de alimentos.

Palácio da Abolição
Beatriz Carneiro
A sede do governo cearense, em Fortaleza, compreende o palácio principal, o prédio anexo, uma capela e um monumento ao presidente Castelo Branco. Na reforma, o espaço, de 7.104 m2, ganhou um auditório e duas novas portarias. A estrutura é do tipo tubular, de aço, com fechamentos de alvenaria e janelas basculantes de ferro.

Edifícios Institucionais – Administrativo
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Projeto Paulista de Arquitetura
Parte do Eixo Monumental de Brasília, esta construção de 48.250 m2 cria por meio de sua estrutura dois espaços públicos separados por um muro: o do plenário, na porção mais alta da praça de acesso, e o da área de convívio, na parte rebaixada. Os gabinetes compõem uma longa lâmina horizontal interligada por uma galeria.

Sede do Confea
PPMS Arquitetos Associados
Sem pilares internos, os dois andares deste edifício de 10.460 m2 em Brasília têm 22,50 m de vão. A solução estrutural consiste em tramos metálicos centrais de 15 m, apoiados em estrutura de concreto com balanços internos simétricos. Painéis de membrana têxtil perfurada fazem a proteção solar.

Sede do Sebrae Nacional
gruposp + Luciano Margotto
Integrado à paisagem de Brasília, o projeto responde às condicionantes urbanísticas da cidade. Com térreo aberto, o conjunto de 25 mil m2 não interrompe a vista da paisagem ao fundo – nem a do céu, presente através do grande espaço central. A curva do setor de serviços, na face norte, dá identidade à construção.

Edifícios Institucionais – Cultura
Biblioteca Mário de Andrade
Piratininga Arquitetos Associados
O restauro do edifício de 12 mil m2 no centro de São Paulo, feito desde a escala dos revestimentos até a do mobiliário, reconfigurou a biblioteca circulante, um novo acesso e as salas de pesquisa. Redimensionada, a rede de infraestrutura inclui sistemas de climatização e de controle de umidade.

Galeria Miguel Rio Branco
Arquitetos Associados
Esta galeria de 1 100 m2 no Instituto Inhotim, em Brumadinho, MG, divide-se entre uma área elevada, cuja estrutura em balanço dá a sensação de flutuar sobre o jardim e a praça de entrada, e dois pavimentos expositivos. Um deles, semienterrado, está rebaixado 4,50 m. O outro define-se pela caixa de aço corten.

Memorial Minas Gerais
Eduardo França, Carlos Maia, Débora Mendes, Humberto Hermeto, Igor Macedo
A antiga Secretaria de Estado da Fazenda da capital mineira transformou-se neste memorial dedicado à história local. O projeto recuperou a luminosidade natural do imóvel tombado. Pátio, auditório, salas expositivas e setores administrativos organizam-se em 4.200 m2.

Museu do Chocolate
Metro Arquitetos Associados
Na fábrica de chocolates em Caçapava, SP, uma porção de 2 mil m2 foi aberta à visitação pública. A construção pretende provocar uma experiência sensorial e tornar-se um marco na paisagem da via Dutra. Torres e passarelas de vidro e aço, além de elevadores panorâmicos, cumprem essa função.


Edifícios Institucionais – Educação
Escola Estadual Residencial Parque São Bento
bvy arquitetos
Construída com estrutura pré-moldada de concreto armado, esta escola pública em Campinas, SP, organiza-se em dois blocos – um para os ambientes de ensino e outro para as áreas administrativa e de convivência. O prédio, de 3.991 m2, tira proveito das vigas de concreto como elementos para sombrear as salas de aula.

Parque da Terceira Água
M3 Arquitetura, Silvio Todeschi, Vazio S/A, Alexandre Campos
Marcado por um invólucro de chapa metálica, o prédio de 4.300 m2 em Belo Horizonte faz parte de uma intervenção numa favela. Dedicado a cursos técnicos e programas de educação ambiental, o edifício conta com cozinha coletiva, creche e brinquedoteca.

Sede da Fiocruz
Ceplan + Fiocruz
O projeto de 8.260 m2 em Brasília conecta seus blocos por meio de caminhos, passarelas e calçadas orientados pela localização das árvores. Além das alas acadêmica e administrativa, há um auditório para 110 pessoas. A área sob a cobertura triangular abriga a cafeteria, a editora e a sala de exposições.

Edifícios Institucionais – Lazer
Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás
Designo Arquitetura
Um antigo depósito deu origem a este espaço de 2.800 m2, que reúne duas galerias de arte, um teatro, sala de dança, lugar para eventos da comunidade e área administrativa. Externamente, a fachada recebeu revestimento de telhas metálicas onduladas, enquanto o pé-direito de 8 m possibilitou a inserção de mezaninos metálicos.

Clube Ville Sainte Hélène
Casa de Arquitetura
Dentro de uma área de preservação ambiental no distrito de Sousas, em Campinas, SP, este loteamento inclui 917 m2 de espaços de convívio e lazer (unidos à portaria do condomínio pela cobertura metálica). Rampas, passarelas e um belvedere tiram partido da topografia para interligar quadras, playground e piscina.

Orquidário Professora Ruth Cardoso
Decio Tozzi
Arquitetura e Urbanismo
Com 633 m2, o orquidário localizado em um parque da capital paulista teve como referências as culturas africana, indígena e précolombiana – inspirações que levaram ao formato da oca. Claraboias em sua estrutura de aço, vidro e plástico permitem a entrada controlada de luz natural e ventilação permanente.

Edifícios Institucionais – Saúde
Centro Social e Médico Enkyo
Shieh Arquitetos Associados
Na nova sede deste centro médico nipo-brasileiro, com 6.033 m2, a implantação tira proveito da rua em declive, formando assim uma passarela para pedestres e um subsolo ajardinado e bem arejado. As fachadas com pastilhas cerâmicas e vidro são suavizadas pelo painel laminado de madeira.

Hospital Albert Einstein – Unidade Perdizes
Levisky Arquitetos Associados
Num lote de esquina de 2 500 m2 em um bairro nobre de São Paulo, esta unidade soma 20 mil m2 de área construída. Painéis e reentrâncias verticais nos setores de espera e de circulação interna reforçam a iluminação natural, enquanto os painéis de vidro insulado e serigrafado fazem o controle térmico.

Edifícios Industriais
Estúdios de Cinema
Mauro Munhoz Arquitetura
O complexo em Paulínia, interior paulista, soma 6.970 m2. Compreende quatro estúdios e um corredor central, que interliga marcenaria e áreas de acesso de veículos de carga aos setores de apoio (camarins, figurino etc.). Nos estúdios, as vigas metálicas formam passarelas sobre os espaços de produção e sustentam os equipamentos.

Nazca Cosméticos
Toledo Arquitetura
A fábrica de produtos de beleza segue um projeto prático e clean, com uso de porcelanato, aço inox, manta de piso com solda eletrônica e concreto lapidado. As instalações foram criadas para facilitar a produção, com shafts e um túnel subterrâneo que permite manutenção pelo lado de fora da planta de 18 mil m2 em São Bernardo do Campo, SP.

Edifícios Comerciais - Até 4 Pavimentos ou 500 m2
1 Escritório
Alan Chu & Cristiano Kato
Para transformarem-se em escritório, os 450 m2 deste imóvel, em São Paulo, sofreram intervenções específicas na fachada e no pavimento superior, onde se localizava a área íntima. Ali, foram mantidas a estrutura da cobertura, com lajes inclinadas, e a iluminação zenital. A remoção de paredes reforça a entrada de luz, o que trouxe amplitude.

Galeria Concreta
GCP Arquitetos
O concreto é o protagonista desta galeria de 168 m2 em São Paulo. A estrutura combina vigas e pilares metálicos modulares que, em forma de pórtico, sustentam os fechamentos laterais, a escada, o mezanino e a cobertura. Um pátio aberto facilita a circulação e aumenta a área de incidência de luz natural e ventilação no interior.

Galeria Zipper
Rosenbaum®
O projeto desta galeria de 401 m2, em São Paulo, definiu dois blocos principais. No fundo do terreno, a sala de exposição conta com aberturas com sheds, que intensificam a entrada de luz natural no espaço expositivo. No bloco da frente, estão recepção, café e acervo. A fachada chama a atenção pelo revestimento de chapa metálica.

Edifícios Comerciais - Acima de 4 pavimentos ou 500 m2
Eco Mercado Palhano
Studio Guilherme Torres
Alocado num declive de 35 m, este edifício de 11.337 m2 em Londrina, PR, possui o selo LEED para construções sustentáveis. Há um sistema para captar água da chuva e medidores individuais de consumo. Com soluções para integrar vários comércios relacionados à alimentação, a arquitetura remete aos tradicionais mercados municipais.

Jatobá Green Building
Aflalo & Gasperini Arquitetos
A implantação deste prédio paulistano, erguido de acordo com princípios da construção sustentável, libera espaço para uma praça no acesso principal. O empreendimento, de 14.255 m2, em São Paulo, contempla outros ambientes de uso comum, como auditório e café. Diferentes tipos de aberturas e materiais definem a estética da fachada.

SAP Labs
Eduardo de Almeida + SIAA
Planejado para abrigar o setor de desenvolvimento de softwares da empresa em São Leopoldo, RS, o edifício de 7.500 m2 divide-se em três pavimentos, com estruturas de concreto aparente associadas a materiais metálicos. Dois blocos paralelos criam áreas centrais abertas e vãos que possibilitam aproveitar luz e ventilação naturais.

Escritórios
Agência D3
Estúdio Guto Requena + I/O Design
Este projeto buscou criar um ambiente inovador para uma agência de design gráfico em São Paulo. Nas paredes, o fechamento emprega chapas perfuradas pintadas de cinza, com iluminação na parte de trás. Já o forro de gesso foi substituído parcialmente por madeira – mas boa parte do teto fica propositalmente à mostra no conjunto de 80 m2.

Kagen
Sergio Camargo
Arquitetos Associados
O espaço de 200 m2 adequou-se às atividades de suporte a novos negócios da agência. Incubadora, sala de reunião e auditório são delimitados por uma única parede sinuosa de tijolos aparentes. A remoção do forro de gesso, das antigas luminárias e dos dutos de ar condicionado revelou a estrutura de concreto, com laje maciça e pilares duplos.

Miroglio Textile
Rocco, Vidal + arquitetos
Integração, elegância e neutralidade orientam este projeto em São Paulo. A planta de 300 m² contempla duas alas principais, a de atendimento e o escritório. Divisórias de concreto aparente formam paredes soltas que setorizam os ambientes, sem confiná-los. O piso de cumaru e a laje aparente, com instalações sobrepostas, conferem ares de fábrica ao lugar.

Hotelaria
NauRoyal Hotel Boutique e Spa
GCP Arquitetos
Com linhas que privilegiam a visão da paisagem, o hotel em São Sebastião, litoral norte paulista, tem 950 m2. Os terraços das 15 suítes funcionam como brises, que protegem o interior do aquecimento da luz solar. Já o sistema de iluminação, com leds, evita a geração de carga térmica. A estrutura é de concreto, com paredes divisórias de drywall.

Casa Turquesa
Renato Tavolaro Arquitetura
Construído sobre ruínas de pedras do século 18, este sobrado colonial de 845 m2 em Paraty, RJ, consistia em dois armazéns no térreo e uma moradia no piso superior. O restauro e a conversão da construção em pousada ocorreu com base em técnicas locais, como o emboço, as paredes de pedra, os barroteamentos e as estruturas de madeira.

Restaurantes
Oiticica
Rizoma Arquitetura
O projeto em Brumadinho, MG, potencializa a ventilação e a entrada de luz natural por meio de brises, aberturas e espaços generosos para a circulação. Com 704 m2 e térreo, sem interferir na
paisagem natural do Instituto Inhotim, o restaurante convida a admirar as obras de um dos principais acervos de arte contemporânea do Brasil.

Koban
Design + Arquitetura
Este restaurante paulistano de 200 m2 ocupa um terreno de 4,50 m de largura e apoia-se no seguinte tripé: sustentabilidade (com reúso de água pluvial), funcionalidade (com ambientes integrados) e praticidade construtiva. Seu único elemento atípico, a forma curva na extremidade frontal, consumiu apenas uma semana de trabalho.

Viena
Fernando Brandão Arquitetura + Design
A adaptação do antigo restaurante no Aeroporto Internacional de Brasília dividiu os 2 mil m2 de área em três frentes para atender a diferentes demandas. Com poucas intervenções, adotou-se um conceito sustentável na iluminação, com lâmpadas frias e leds, persianas, tecidos, além da luz natural.

Cafés, Bares etc
Talchá
Studio MK27
A casa de chás em São Paulo pautou-se pela simplicidade para recriar o modelo asiático de servir a bebida. Um balcão central comanda toda a atividade nos 45 m2 do local, ao lado de prateleiras que expõem e valorizam os produtos graças ao pé-direito duplo. A madeira clara em profusão reveste móveis, paredes e painéis de fechamento.

Deliziosa
Mareines + Patalano Arquitetura
Com o objetivo de vencer o exíguo espaço de 30 m2, a solução para o projeto desta franquia de comida italiana, no Rio de Janeiro, recorreu ao fundo infinito combinado a revestimentos e acabamentos padronizados, sem abrir mão do conforto dos clientes. Além disso, 80% dos materiais escolhidos são reciclados.

The Gourmet Tea
Alan Chu & Cristiano Kato
Um antigo sobrado de 90 m2 transformou-se na primeira loja de chá de uma marca paulistana. As cores das latinhas dos 35 blends, a predominância da madeira e a iluminação indireta criam o ambiente minimalista dentro da casa. Um único móvel, de compensado naval com adesivagem colorida, reúne balcão, expositores, caixa, quitutes e área de preparo.

Casas Noturnas
naSala
Gustavo Penna Arquiteto e Associados
Em Belo Horizonte, o local de 925 m² prima pelo luxo e aconchego. Reentrâncias e formas curvas, cortinas de veludo, sofás capitonê e adornos recriam uma sala de estar. O vermelho predomina nos materiais e nas estruturas, da fachada aos ambientes internos. Uma grande cúpula sustentada por um pilar ilumina a pista.

Alley Club
AUM Arquitetos
Com 400 m², o antigo imóvel no tradicional bairro da Barra Funda, em São Paulo, foi dividido em três pavimentos para compor a casa noturna. Os blocos de concreto, a infraestrutura e a parte elétrica mantiveram-se aparentes, respeitando o estilo arquitetônico do espaço. Dos fundos, é possível ver os trilhos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

Na Mata Café
Forte, Gimenez & Marcondes Ferraz
O acesso envidraçado desta casa noturna na zona oeste paulistana criou um espaço amplo e iluminado nos seus 700 m². A fachada de cimento, mais discreta e convidativa, e o bar longilíneo evidenciam a nova identidade visual do clube. Renovada, a área de shows dobrou o tamanho do palco e a pista ganhou camarotes laterais.

Lojas e Showrooms
Decameron
Studio MK27
O showroom de 250 m2 da marca paulistana de móveis realiza uma ocupação leve do solo, com elementos de fácil montagem. A solução combina contêineres – que, empilhados, criam os andares e formam tuneis para expor os produtos – com uma estrutura metálica padronizada. O vão amplo resulta da laje feita no próprio local.

Garoa
Una Arquitetos
Esta loja de 90,50 m2 vale-se de sua localização (uma esquina no bairro dos Jardins, em São Paulo) para criar um jogo estético com o recorte na fachada, de um lado, e o pátio, do outro. Resultado: dois planos transparentes expõem a parte interna. Organizada de forma longitudinal, ela abriga escada, copa, sanitário e provadores.

Welt
Laboratório de Arquitetura Brasileira
Espaços integrados pela estrutura metálica aparente e uma fachada versátil formam esta butique de roupas femininas em São Paulo, com 198 m2. Suas placas de policarbonato receberam um sistema de iluminação que, por meio de cores, muda a cara do estabelecimento de acordo com a hora do dia.

Condomínios Residenciais – Até 5 pavimentos ou 3 mil m2
Condomínio Baleia GD8
Studio Arthur Casas
O desalinhamento e a verticalização das casas permitem que, de qualquer ambiente, se contemple a paisagem da praia da Baleia, em São Sebastião, SP. As quatro unidades distribuem-se em 4 mil m². Com amplas esquadrias de vidro, que garantem a ventilação cruzada, o living também faz a função de terraço.

Condomínio em Ilhabela
Rocco, Vidal + arquitetos
O condomínio de 3.300 m2 tem como mote a preservação da geografia e da vegetação típicas da região de Ilhabela, no litoral norte paulista. Caso das grandes pedras que foram mantidas e participam da composição dos ambientes. As cinco construções posicionam-se de forma a aproveitar ao máximo a luz natural, em todas as épocas do ano.

Edifício Alvar Aalto
Laclau + Borelli Arquitetos Associados
A solução para este edifício de três pavimentos e 814 m² no Rio de Janeiro valoriza o volume compacto e materiais que remetem a uma casa vertical. Brises reguláveis garantem a boa entrada de luz natural em todos os apartamentos, que contam com a versatilidade de portas divisórias para integrar sala e varandas.

Condomínios Residenciais - acima de 5 pavimentos ou 3 mil m2
Edifício Simpatia
Gruposp
Com 3 mil m2, o prédio paulistano se vale do terreno acidentado para definir a ocupação em dois setores: o dos apartamentos e o das áreas comuns. Entre eles há uma laje livre, acessada por uma passarela, que permite ver através do edifício. A iluminação natural é abundante nas faces leste e oeste, por meio de grandes painéis de vidro.

Edifício Montevidéu
Vazio S/A
Com variações de posicionamento, jardineiras em balanço caracterizam este edifício de 2.700 m2 em Belo Horizonte. Implantada num terreno estreito, a construção, vista de frente, lembra um paralelepípedo. Sua concepção levou em conta o desvio padrão permitido por lei para aproveitar o espaço ao máximo nas unidades.

Verdi
Anastassiadis Arquitetos
A cortina formada pelos painéis laminados na fachada destaca-se neste condomínio paulistano. Entre os benefícios do material, estão economia na obra, menor tempo de execução, facilidade de manutenção e resistência. O projeto do prédio de 7.800 m2 privilegia, ainda, a vista da sala dos apartamentos para o entorno, bastante arborizado.

Residencial – Reforma de Apartamento
Apartamento Edifício Santa Amália
Apiacás Arquitetos
A demolição das paredes e o novo mobiliário integraram os cômodos deste apartamento de 185 m2 em São Paulo, projetado nos anos 40. Assim, a vista para o entorno tornou-se possível de qualquer cômodo. A varanda, que pertencia à sala, retomou seu tamanho original – mas integra-se ao interior por meio de portas do tipo camarão.

Apartamento Edifício Ana Lisa
Neto Porpino
A reforma prevista no banheiro estendeu-se a todo o apartamento de 73 m2, localizado em São Paulo. Isso resultou no melhor aproveitamento de área e da iluminação natural. A copa deu lugar a uma mesa e a um bufê que atende à cozinha e à sala de jantar. A antiga sala de jantar virou home theater e o gabinete, o home office.

Apartamento Louveira
AR Arquitetos
O projeto original de Vilanova Artigas para o apartamento paulistano de 144 m2 foi mantido, com a valorização da vista para uma charmosa praça paulistana. Mas a grande sacada desta reforma foi a instalação de uma estante de aço que percorre todo o imóvel e define melhor seus espaços. De um lado, funciona como armário da cozinha, de outro, como bar da sala de jantar.

Residencial – Reforma de Casa
Townhouse
Laboratório de Arquitetura Brasileira
Abrir a frente e os fundos deste sobrado de 150 m2 para obter mais luz e ventilação naturais foi a missão deste projeto em São Paulo, que enfrentou a limitação do terreno de 3,45 m de largura. Um dos trunfos são o caixilhos (com vidro e treliças de madeira) instalados em portas do tipo camarão.

Casa Lapa
Zemel + Chalabi Arquitetos
Térrea, esta casa de 165 m2 em São Paulo teve todas as paredes internas removidas. No centro da planta, um volume negro com estantes de concreto reúne áreas molhadas e armários, além de dividir a parte social da íntima. Ao lado desse elemento, os pórticos de concreto e vidro na fachada marcam a modernização do imóvel da década de 50.

Residência Emilio Pedutti
Reinach Mendonça
Arquitetos Associados
Construída nos anos 80, esta moradia de 1.200 m2 em São Paulo apresentava uma implantação correta, uma boa estrutura e distribuição bem resolvida. A reforma unificou seu estilo arquitetônico e melhorou a integração com o jardim. Novas aberturas voltadas para o norte proporcionam controle térmico.

Residencial – Campo
Residência em São Francisco Xavier
Nitsche Arquitetos Associados
A casa térrea de 392 m2 em São Francisco Xavier, SP, ocupa a borda de uma colina. Uma fachada grande, retilínea e envidraçada volta-se para o vale. Esse corpo principal contém quatro suítes, cozinha, sala de estar e varanda. Os demais ambientes orientam-se para o interior do terreno.

Casa Condomínio Morro do Chapéu
Ângela Roldão
O projeto pautou-se na admiração do cliente pela Casa Farnsworth, do alemão Ludwig Mies van der Rohe: simples, transparente e com ambientes integrados. A laje do piso, acima do nível do solo, isola a casa de 600 m2 da umidade típica da cidade de Nova Lima, MG, e se posiciona atrás dos pilares de aço que atravessam o espelho-d’água.

Residência Quinta da Baroneza
Gui Paoliello Arquiteto
A madeira dá o tom na estrutura, na vedação e nos acabamentos desta casa de 1.700 m2 em Bragança Paulista, SP. Ao lado de um centro hípico, o projeto remete ao estilo rural, com duas alas independentes protegidas por telhados tradicionais, ligadas por um trecho de cobertura plana. Leves desníveis adaptam a construção ao relevo do lote.

Residencial - Praia
Casa Paraty
Studio MK27
Encravada num terreno de 50 mil m2, esta casa de 840 m2 consiste em dois volumes: o inferior, dos blocos sociais e de serviço, e o superior, da ala íntima. Um vão de 27 m com janelas de vidro oferece a vista perfeita para o mar. Já as áreas viradas para a montanha têm pátios com iluminação zenital, e as coberturas servem de mirantes.

Casa Número 6
Eduardo Martins de Mello
A premissa deste projeto de 66 m2 em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, está na ocupação de uma área de preservação, sem degradá-la. Para isso, optou-se pela montagem de um pavilhão elevado de madeira, que permite contemplar toda a natureza do entorno sem impermeabilizar o solo ou interferir demais na mata nativa.

Casa Vilela
Marcel Mitsuzawa Arquitetura
Avarandada e com beirais largos, esta moradia de 220 m2 em Aracaju remonta ao estilo de fazenda. Lajes em balanço projetam-se por 2 m e controlam a entrada de luz na varanda e sobre os vãos da sala, fechado com vidro temperado. Numa das laterais, a construção apoia-se sobre pilotis e apresenta um balanço de 3,50 m.

Residencial – Cidade
Residência Belvedere
Anastasia Arquitetos
Grandes aberturas e a varanda em balanço determinam o estilo desta residência de 370 m2 em Belo Horizonte. Soluções como as portas de madeira na fachada, com fechamento de vidro opaco entre as lajes, e a cobertura de vidro sobre o jardim interno garantem integração e boa iluminação.

Casa Mirante do Horto
Flavio Castro
Com um teto-jardim, esta casa-mirante de 300 m2 em São Paulo apoia-se numa estrutura em balanço – com dois cubos de concreto sobre duas vigas metálicas – que sustenta a garagem e os pavimentos superiores. Versátil, o projeto define ambientes e circulação interna tirando partido da volumetria e da iluminação zenital.

Casa Moras
Carolina Rocco
Situada na zona oeste paulistana, esta moradia de 380 m2 equilibra traços retos e materiais brutos (como pedra e concreto aparente), com o paisagismo e as áreas verdes do entorno. O terreno em declive influenciou a distribuição: o piso inferior, um nível abaixo da rua, comporta a ala social e a piscina, enquanto o térreo contempla os quartos.

serviço:
exposição: O Melhor da Arquitetura 2011
evento de abertura: 9 de novembro, às 19h30 – Entrada Gratuita
visitação: 10 de novembro a 11 de dezembro, das 10h às 18h
local: Museu da Casa Brasileira
endereço: Avenida Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano
telefone: 11 3032-3727
ingresso: R$ 4,00 - estudantes: R$ 2,00 – gratuito aos domingos e feriados
acesso a portadores de deficiência física.
visitas orientadas: 11 3032-2564 ou por email: agendamento@mcb.org.br
site: www.mcb.org.br
twitter.com/mcb_org
estacionamento: de terça a sábado até 30 minutos: grátis, até 2 horas: R$ 10,00, demais horas: R$ 2,00; domingo: preço único: R$ 15,00